Craig Breen foi o grande vencedor do Rali de Mortágua. O piloto irlandês, que está a substituir José Pedro Fontes até ao final da temporada, venceu todas as especiais (menos a de abertura) do Rali de Mortágua, demonstrando a sua superioridade face à concorrência dos pilotos nacionais. Carlos Vieira, que estreava aqui o um Skoda Fabia R5, acabou por ser o melhor português, batendo o outro Skoda Fabia de Pedro Meireles. A diferença de Breen sobre Vieira foi de 27,9 segundos, enquanto que Meireles ficou a 13 segundos de Vieira, e a 40 segundos do vencedor.
O rali começou na sexta-feira à noite, quando Miguel Barbosa foi o melhor, no seu Skoda, batendo Pedro Meireles por 0,1 segundos, com Craig Breen a ser terceiro, a 2,9 segundos. Depois, soube-se que o irlandês foi penalizado em 50 segundos quando entrou fora de tempo na especial. Salvi era quarto, a 3,3 segundos, e João Barros perdia três minutos e dez segundos devido a problemas na sua bomba de gasolina do seu Ford, acabando o seu rali.
No dia seguinte, Breen passou ao ataque, e foi o mais rápido na primeira passagem por Mortágua-Calvos. O piloto irlandês conseguiu 7,1 segundos de vantagem sobre Carlos Vieira, o melhor português, no seu Skoda Fabia R5. Pedro Meireles foi o terceiro mais rápido, seguido por Miguel Barbosa, que caiu para o terceiro posto da geral. Breen voltou a ganhar na terceira especial, conseguindo 12,1 segundos sobre Vieira, e recuperando a diferença para 22,6 segundos. Pedro Meireles tinha sido o terceiro na especial, mas era o segundo na especial a 7,7 segundos de Vieira.
Breen acabou a manhã a vencer nova especial, 19,8 segundos mais veloz do que Vieira, com Meireles a ser o terceiro, a 7,9 segundos do líder.
No final da manhã, o piloto do Skoda afirmou: “Perdi ontem dez segundos na super especial porque deixei carro ir abaixo devido ao lauch control. Adaptei-me bem desde de inicio do rali e o carro anda muito bem em pisos de terra, o DS3 também é bom e já sabia que ia ser rápido. O objetivo para a parte da tarde é manter a posição de melhor português”.
Já Pedro Meireles tinha os seus objetivos: “Ainda quero lutar por melhor português, quero ficar à frente do Carlos Vieira [7.9s separam os dois pilotos, naquele momento]. Fiz meio pião e perdi 2/3 segundos no primeiro troço”.
Breen apanhou Vieira na quinta especial, a primeira da tarde, ao ser 4,6 segundos mais veloz do que Carlos Vieira, que por sua vez, ganhou 1,5 segundos a Pedro Meireles. O irlandês aumentou a vantagem na especial seguinte, ganhando mais 13 segundos sobre Vieira, enquanto que Meireles ganhava 5,1 segundos na especial, mas este mantinha controlado o segundo posto. Miguel Barbosa era um quarto classificado cada vez mais distante.
Até ao final, Breen tinha tudo controlado, acabando com uma vantagem confortável, e claro, passeando a sua classe. Vieira conseguiu o segundo posto e tornou-se, no melhor português batendo Pedro Meireles, o atual líder do campeonato.
“Foi uma experiência muito positiva! Divertimos-nos imenso, mas tivemos que andar forte para chegar à frente do rali, só mais tarde pude reduzir o ritmo, para aí para os 50 ou 60%. Foi difícil depois da super-especial, o que tornou o dia de hoje mais interessante. Depois, fui muito cuidadoso, mantive sempre o carro no meio da estrada para não estragar nada. Estamos todos muito satisfeitos, quero agradecer a oportunidade de disputar o rali, agradecer ao José Pedro Fontes e a toda a sua equipa pela oportunidade. Foi um ótimo fim de semana, num rali interessante, com especiais diferentes do que vemos no Norte e do que víamos no Algarve”, contou Breen, no final do rali.
Já Meireles disse de sua justiça: “Quero dar os parabéns ao Carlos Vieira pelo seu ritmo, esteve muito bem. Agora vamos discutir o título no Algarve. São ralis assim de que gostamos. De manhã fui muito conservador, levei dois pneus na mala, o que fez alguma diferença, penso eu. Não arrisquei tudo mas queria ganhar. Da parte da tarde andamos os dois muito bem. Temos tempo para fazer as contas e saber com o que contar no Algarve. Vou para lá sem estar obcecado com o título, mas a querer ganhar, como óbvio”.
Na liderança, Meireles têm agora 122,60 pontos contra os 114,29 pontos de Carlos Vieira, e Miguel Barbosa não pode pontuar mais, pois já alcançou os oito ralis necessários para pontuar, e o terceiro posto já é praticamente seu, ficando com 109,53 pontos.
Agora, máquinas e pilotos esperam pelo Rali do Algarve, que acontecerá entre os dias 4 e 5 de novembro.
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