Armindo Araújo provou que quem sabe, não esquece, e deu à Hyundai a sua primeira vitória em classificativas portuguesas, ao ser o vencedor do Rali de Mortágua, terceira prova do campeonato nacional de ralis. Contudo, em termos de resultados gerais, a vitória foi... japonesa. Hiroki Arai, filho de Toshiro Arai, num Ford Fiesta R5 da Toyota, não deu chances à concorrência e venceu com mais de um minuto de distancia sobre o seu companheiro de equipa, Takamoto Katsuta, que teve problemas no seu carro a acabou apenas em terceiro da geral.
Mas a vitória não foi fácil: Armindo superou Pedro Meireles num "sprint" final incrível, indo buscar doze segundos para o apanhar. Carlos Vieira, noutro Hyundai, foi o terceiro na geral, mas foi prejudicado na luta pela vitória por um furo. Miguel Barbosa teve uma penalização de três minutos e acabou em nono da geral, excluindo-se desde logo na luta pela vitória. E outro que também perdeu imenso tempo, devido a um furo no seu DS3 R5, foi José Pedro Fontes, que perdeu cinco minutos e acabou em 14º na geral.
“Estamos naturalmente contentes com este resultado, sobretudo porque toda a equipa tem trabalhado muito para explorar o potencial do carro”, referiu Armindo Araújo, no final do rali.
“Furámos logo no primeiro troço de sábado e isso obrigou-nos a andar no máximo para recuperar o atraso. As últimas duas especiais foram completamente ao ataque e felizmente conseguimos chegar à vitória no Nacional. Todo o Team Hyundai Portugal está de parabéns porque conseguir este resultado apenas na sua terceira prova oficial mostra que temos todas as condições para lutar pelo título”, concluiu.
Do lado do derrota, a sensação é de resignação para Pedro Meireles. Mas destaca o facto de ter conseguido um bom resultado com o novo bólido. "Custa, atacou muito nesta parte final, algo do qual não estava muito à espera. Fomos surpreendidos, mas fizemos aquilo do qual estávamos à espera. Mas foi um bom resultado [para quem] recebeu o carro esta semana e fizemos apenas 25 quilómetros em testes", disse o piloto de Guimarães.
Já Carlos Vieira, terceiro no CNR e quinto na geral, apesar do furo que teve, afirmou que tinha ritmo para a vitória. “Estou satisfeito com o meu ritmo e com o excelente comportamento do Hyundai i20 R5, que correspondeu, que em termos de fiabilidade como competitividade. Penso que poderia, pelo menos, ter lutado pela vitória. Foi pena o furo que nos limitou bastante o andamento na PE5. No entanto, o balanço é positivo”, disse.
Agora, máquinas e pilotos irão preparar-se para o Rali de Portugal, que acontecerá dentro de um mês.
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