O brasileiro Lucas di Grassi foi o vencedor do ePrix de Berlim, batendo Sebastien Buemi numa corrida relativamente calma. O piloto da Audi superou o da Nissan na pista desenhada no antigo aeroporto de Tempelhof, enquanto Jean-Eric Vergne conseguiu o lugar mais baixo do pódio, na frente de António Félix da Costa, no seu BMW Andretti. E depois do francês da Techeetah, o brasileiro da Audi foi o segundo piloto a repetir a vitória nesta temporada.
Num céu nublado de primavera, em Berlim, e com a corrida a acontecer num horário mais cedo para não colidir com o final da Taça da Alemanha e com eleições europeias no dia seguinte, a partida foi calma, bem mais calma do que costuma ser nas outras provas. Buemi estava na frente de Vandoorne, Di Grassi e Paffett. No último lugar, André Lotterer começou a fazer uma corrida de recuperação.
Pouco depois, o piloto brasileiro começou a atacar o belga da HWA e conseguiu passar, para ser segundo, e logo a seguir, foi atrás de Buemi, o líder. Paffett começou a ser assediado por Lynn, e quando se defendeu dos ataques dele, deixou espaço para que Daniel Abt os passasse. Pouco depois, Paffett caia para sétimo, passado também por Félix da Costa.
Na frente, Di Grassi atacava Buemi e quando faltava meia hora para o final da corrida, o brasileiro atacava o suíço para ficar com a liderança, enquanto Vandoorne ainda era terceiro, aguentando Alex Lynn, que pouco depois, era passado por Daniel Abt.
Nesta mesma altura, Di Grassi afastava-se de Buemi para ter uma diferença próxima dos dois segundos, enquanto Félix da Costa passou pelo Attack Mode e aproveitou para pular três posições, passando Abt, Lynn e Vandoorne, para ser terceiro. E bem no limite de tempo, atacou Buemi para ser segundo, aproveitado muito bem o tempo concedido. E com isso, a volta mais rápida era dele, provisoriamente.
Atrás, havia confusão: Oliver Rowland, piloto da Nissan, espremeu Pascal Wehrlein no muro na tentativa de ficar com o nono posto. Quem aproveitou foi Alexander Sims que passou ambos e colocou Sims em posição para atacar Paffett. E conseguiu, com uma ultrapassagem dupla a Sam Bird.
Vergne aproveitou a ocasião para ir ao Attack Mode e fez a mesma coisa que Félix da Costa: partiu ao ataque, passou Paffett, Lynn a Abt, e estaa na traseira do piloto português para ver se ficava com o terceiro posto. Tentou e alcançou, mas o piloto da BMW reagiu, mantendo o lugar. Mais tarde, tentou de novo. Tocaram-se, mas o francês levou a melhor. Por esta altura, faltavam oito minutos para o final da corrida, mas a partir daqui, os quatro primeiros já estavam definidos.
E nesta altura, se era vitória para Vergne, para o seu companheiro era decepção: ele já estava na zona dos pontos quando teve problemas e acabou por abandonar.
No final, tudo definido: Di Grassi vencia pela segunda vez no campeonato - a primeira tinha sido na Cidade do México - com Buemi e Vergne nos lugares seguintes. Félix da Costa foi o quarto, seguido por Vandoorne e Abt, o segundo BMW de Alexander Sims, o segundo Nissan de Oliver Rowland, o Virgin de Sam Bird e o Mahindra de Pascal Wehrlein.
Na geral, Vergne tem agora 102 pontos, contra os 96 de Di Grassi, os 86 de Lotterer, os 82 de Félix da Costa e os 81 de Frijns. A Formula E volta à acção dentro de quatro semanas em Berna, na Suíça.
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