E o mais interessante é que tinha pago para correr. Sim, o agora infame "piloto pagante"!
E já agora, quanto? Nas contas da altura, seis mil dólares. E ele teve um inicio humilde: ficou na última fila e não andou muito longe, pois desistiu na volta 20 com problemas de direção.
Anos depois, Robin Herd contou que Lauda injetou 35 mil libras para correr a tempo inteiro na equipa March, mais oito mil pela sua temporada de Formula 2. Isso salvou a marca da falência, mas é metade da história. A outra metade era que ele pediu emprestado aos bancos para poder correr. Lauda, apesar de ser neto de um dos homens mais ricos da Áustria, nunca deu um tostão pela sua carreira automobilística, e juntou dinheiro quer na Endurance, quer nos Turismos, quer na Formula V, para poder ter a chance de correr num Formula 1. Fartou-se de experimentar todo o tipo de carros e conseguiu tirar resultados, porque com o tempo, conseguiu usar o seu conhecimento para afinar carros, e depois, melhorá-los.
Mas apesar dos inícios humildes, há uma marca do qual poucos conhecem: o modelo 721G tem o dedo do austríaco. Quando o 721 ficou pronto para correr, descobriu-se que ele tinha defeitos em termos de downforce. E o primeiro a alertar tudo isso foi o próprio Lauda, que se queixou dos defeitos. Quando Peterson, mais experiente, viu que ele tinha razão, eles tinham pouco tempo até ao inicio do campeonato - pelo menos, nas provas europeias. Tiveram de redesenhar o carro em pouco mais de dez dias, e o próprio Herd contou, anos depois que o "G" simbolizava o milagre que foi montar um carro "decente" para aquela temporada...
Infelizmente, Lauda foi-se embora no final de 1972, indo para a BRM em 1973. Mas os primeiros passos deram-se ali, na sua Osterreichring natal, há meio século.
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