sexta-feira, 15 de julho de 2022

A imagem do dia



Passa hoje meio século desde que, em Brands Hatch, Emerson Fittipaldi confirmou a sua candidatura ao título mundial. É certo que foi um triunfo herdado, mas a maneira como dominou a corrida convenceu muitos que ainda tinham dúvidas que o piloto brasileiro tinha a capacidade não só de vencer, como de ser um dos melhores do pelotão. 

E melhor ainda: foi uma corrida bem competitiva entre três dos melhores pilotos de então: Fittipaldi, o Ferrari de Jacky Ickx e o Tyrrell de Jackie Stewart.

O belga, que era o "poleman", partiu bem e ficou na liderança por muito tempo. Foi um duelo entre ele e Fittipaldi, um duelo à distância, e também é um duelo entre duas máquinas, o 312 contra o modelo 72, estreado em 1970, mas que é devidamente desenvolvido naquele ano para ser a máquina vencedora e memorável do qual todos conhecemos. E o duelo ainda foi observado à distância por Jackie Stewart, que estava em recuperação, depois de um úlcera que o deixou de fora por uma corrida e que regressou em triunfo em Charade, no GP de França.    

Na bolta 48, Ickx tem um problema no seu Ferrari e acaba por abandonar a corrida, deixando a liderança para Fittipaldi. Mas não o deixaram em paz: Stewart pressionou-o para o resto da corrida, não tendo uma prova tranquila, e o ritmo foi tal que ambos deram uma volta ao resto da concorrência, excepto o McLaren do americano Pete Revson. E este está mais de um minuto atrás dos dois primeiros.

No final, foi uma corrida bem disputada, algo do qual valeu a pena ter pago o bilhete, e aqueles que o viram em casa, numa televisão a cores, poderão afirmar que foi uma tarde bem passada. Para o piloto brasileiro, foi mais um passo rumo ao título, porque ali ele tinha triunfado pela terceira vez naquela temporada. E mais iriam seguir. 

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