Depois de ter estado ausente das 24 Horas de Le Mans, porque a data colidia com o GP do Canadá, ambos regressaram para os 1000 km de Hockenheim, onde não terminaram a corrida. Era assim que Winkelhock corria no verão de 1985. Mas se na Formula 1, era desistências ou chegadas no final do pelotão, em Nurburgring, para o GP da Alemanha, não passou da oitava volta, com problemas de motor. No primeiro jornalista que encontrou, disse: "vou embora, isto é frustrante para mim".
Pudera: se numa competição, não consegues nada, e na outra sobes ao pódio como vencedor, qual escolherias?
Uma semana depois, Winkelhock e Surer estavam em Mosport para mais uma corrida de Endurance. A primeira parte da corrida foi feito com Surer ao volante, para depois haver uma troca de pilotos para o alemão. Mas ele não rodou muito: na 69ª volta, quando fazia a Curva 2, uma vertiginosa descida para a esquerda, o carro seguiu em frente - aparentemente, devido a um furo ou um defeito técnico - e embateu no muro de concreto, a mais de 230 km/hora. Os socorros chegaram rapidamente ao local, mas estava preso no meio dos destroços. Estiveram mais de 25 minutos para tirar o piloto dos restos do 956, ainda vivo, mas com fortes lesões cranianas.
Transportado de helicóptero para o Sunnybrook Medial Center, em Toronto, para ser operado, o seu estado era critico. Não tinha nenhum familiar - apenas o seu companheiro e amigo Surer - porque a sua família, nomeadamente a sua mulher, estava a caminho do Canadá para o poder ver. Infelizmente, chegou tarde: já tinha morrido devido às extensas lesões na cabeça, aos 33 anos.
Ver que os seus últimos tempos de carreira era um contraste: infeliz na Formula 1, a mostrar o seu melhor na Endurance, mesmo num carro de uma das melhores equipas privadas do automobilismo, tem-se a certeza que, mais cedo ou mais tarde, escolheria o seu caminho e se calhar, teria uma carreira mais cheia em termos automobilísticos, passando pelo DTM e outras competições de Turismo.
Manfred Winkelhock morreu há 40 anos, neste mês de agosto.


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