A pista permanente foi construída em respostas às queixas da superfície que os pilotos passaram na base aérea, quando correram em 1964. Completada em 1969 para os 1000 km, uma prova de Endurance ganha pelo suíço Jo Siffert - que ganharia a corrida de Formula 1 dois anos depois, em 1971 - em 1970, máquias e piltoos chegavam a uma pista e a um país no meio do verão... e no meio de uma febre.
Jochen Rindt ganhava todas as corridas desde que o verão tinha começado e todos sabiam que o título de "Weltmeister" era uma questão de semanas. Ou corridas. E se ganhasse "em casa", quando faltariam quatro corridas do final, seria fantástico. Ele dominava, mas não esmagava. E isso, se calhar, poderia acontecer numa das corridas seguintes. Mas não tinham dúvidas: aquele título iria ser dele. Os austríacos tinham essa certeza.
Mas o que não tinham reparado era que a concorrência já tinha lançado as suas armas. Especialmente a Ferrari. O seu chassis e o seu motor tinha melhorado o suficiente para poder responder, e desde Brands Hatch que tentavam mostrar a ele que poderiam combatê-lo e que o título ainda não tinha dono. Contudo, as tentativas de Jacky Ickx de o superar não tinham sido bem sucedidas. Desistira em Brands e fora segundo em Hockenheim. Seis pontos contra 18: parecia ser tarde demais.
Mas na qualificação, Rindt tinha sido o melhor, mas os Ferrari vinham logo a seguir, com Ickx em segundo, seguido do seu companheiro de equipa, o suíço Clay Regazzoni. E o terceiro carro da Scuderia, com Ignazio Giunti ao volante tinha conseguido o quinto melhor tempo, batido apenas pelo March de Jackie Stewart.
Rindt foi batido pelos Ferrari na partida, mas andou atrás deles porque não tinha muita pressa em apanhá-los. Contudo, os fãs poderiam querer vê-lo na frente na sua corrida caseira, mas não aconteceu: na volta 16, o seu motor entregou a sua alma ao Criador, e ele foi calmamente, a pé, rumo às boxes. Explicou o que se tinha passado e sentou-se, tornando-se espectador, como os outros.
No final, os Ferrari ganharam em dupla, com Ickx na frente de Regazzoni. Ambos cortaram a meta com menos de um segundo de diferença, como se fosse um cortejo. O terceiro Ferrari, o de Giunti, foi sétimo.
Seis anos antes, a sua estreia na Áustria, a bordo do seu Cooper, também acabou desta maneira. Ele ali sabia que, apesar do mau resultado, tinha tudo sob controle. O que não sabia, é que tinha acabado de correr o seu último Grande Prémio. A seguir será Monza.





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