A temporada de 1983 estava a ser equilibrada, não só em termos de competitividade entre pilotos (tinha havido quatro vencedores diferentes), mas também em máquinas. Se os Turbo não tinham adversários em circuitos rápidos, quando o caso tinha a ver com circuitos citadinos, aí os aspirados com motor Cosworth tinham uma palavra a dizer. E era isso que se esperava no Mónaco.
Passada esta primeira fase, tinha a qualificação. E aí, seis pilotos ficavam de fora, portanto, todos tinham que fazer o seu melhor, senão viam a corrida das bancadas, ou pela televisão, como toda a gente. Na pole-position ficou Alain Prost, no seu Renault, tendo a seu lado o Ferrari de René Arnoux. Na segunda fila, o outro Renault, de Eddie Cheever, era terceiro, com Patrick Tambay, o vencedor de San Marino, no quarto posto. E na terceira fila, o primeiro dos aspirados, o Williams de Keke Rosberg, à frente de Nelson Piquet, da Brabham.
A corrida de Domingo começava com chuva, que tinha feito a sua presença durante todo o fim de semana. Na altura da partida, porém, a chuva tinha parado, mas alguns decidiram largar com pneus adequados, como a Ferrari, Renault e Brabham. Mas a Williams decidiu apostar em pneus "slicks", tal como o Toleman de Warwick. E compensou: na largada, Prost arrancava na fremte, mas Rosberg saltava de quinto para o segundo lugar, surpreendendo os Ferrari e Cheever. Quem não completaria a primeira volta era o Lotus de Nigel Mansell e o Tyrrell de Michele Alboreto, que chocaram na zona das Piscinas.
Nas voltas seguintes, o piso começava a secar, e os que tinham colocado pneus de chuva foram às boxes para trocar de pneus. A estratégia da Williams resultou, e ambos os carros estavam na frente, com Laffite no segundo posto. Entretanto, Arnoux, que se defendia dos ataques de Eddie Cheever, toca nos "rails" em Ste. Devôte, e vai às boxes, para reparações.
Assim sendo, os Williams continuam na frente, e tudo indicava uma dupla para os carros do "Tio" Frank, mas na volta 53, a caixa de velocidades do piloto francês cede e as hipóteses de uma dupla esfumam-se. No fim da corrida, Keke Rosberg, o campeão do Mundo, vence pela primeira vez no ano, a segunda vez que um carro aspirado ganha no campeonato, e o quinto vencedor diferente na temporada. Piquet e Prost acompanham-no no pódio, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Ferrari de Patrick Tambay, o Tyrrell do americano Danny Sullivan, e o Alfa Romeo de Mauro Baldi.
Na corrida, somente sete pilotos acabariam a corrida. O último acabou por ser o brasileiro Chico Serra. Viria a ser a sua 33ª e última corrida na Formula 1, depois de duas temporadas na Fittipaldi, e conseguido um ponto, no GP da Belgica de 1982.
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3 comentários:
Olá Speeder
Algumas correções precisam ser feitas. Primeiro, o acidente de Arnoux não teve nada a ver com Rosberg, mas com Cheever. O acidente envolvendo Warwick e Surer foi valendo posição sim! Surer também largou com pneus slicks.
Abraços!
João: obrigado perlo aviso. Já fiz as correcções devidas.
Uma correção na volta 49: na verdade é Warwick tentando ultrapassar Surer na Sainte Devote na disputa pela 3ª posição.
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