Depois do caos que tinha sido a corrida anterior, na Austria, todos pensavam que tudo voltaria ao normal na etapa seguinte, o Grande Prémio da Holanda, no circuito de Zandvoort, pois o céu estava limpo para todo o fim de semana, e tudo indicava que o dominio da Lotus iria continuar...
Mas antes do fim de semana começar, havia algumas alterações no pelotão da Formula 1. Na ATS, Gunther Schmidt substitui Hans Binder pelo local Michael Bleekmolen juntou-se a Jochen Mass na equipa, enquanto que a organização recebe a inscrição do americano Danny Ongais, que alinha com o seu Shadow da Interscope Racing. Com 33 pilotos inscritos, fez-se mais uma vez a pré-qualificação, onde Ongais, Ertl e Rolf Stommelen, no seu Arrows, foram eliminados.
Nos treinos, a Lotus conseguiu monopolizar a primeira fila da grelha, com Mario Andretti à frente de Ronnie Peterson, não dando hipóteses a ninguém. Na segunda fila estavam o Brabham Alfa-Romeo de Niki Lauda, e a seu lado o Ferrari de Carlos Reutmann. Na terceira fila estavam o segundo Ferrari de Gilles Villeneuve e o Ligier-Matra de Jacques Laffite. Emerson Fittipaldi mantinha a boa forma do seu Copersucar, ao ser décimo na grelha.
No "warm-up" de Domingo, o inglês Rupert Keegan tem uma batida forte no seu Surtees, lesionando-se no pulso, e não podendo correr, cedeu o seu lugar ao italiano Arturo Merzário, no seu próprio carro. No inicio da corrida, os Lotus estão na frente, com Laffite a conseguir um arranque notável, saltando de sexto para terceiro no final da primeira curva. Momentos depois, o Tyrrell de Didier Pironi e o Arrows de Riccardo Patrese colidem fortemente, mas sem consequências para ambos.
Nas voltas seguintes, Os Lotus afastam-se do pelotão, com Andretti sempre na frente, e Peterson um pouco atrás. A distância entre ambos era curta, e parecia que o sueco estava em melhor forma do que o americano, mas havia entre ambos e Colin Chapman um acordo em que Andretti era o primeiro piloto e Peterson o segundo. Mais atrás, Lauda era agora o terceiro, com Reutmann, Watson, Fittipaldi e Villeneuve logo a seguir. Laffite teve problemas, e ficou cedo para trás, acabando no oitavo posto.
O resto da corrida não teve grande história, escepto os problemas que Reutmann teve devido a um pneu furado na volta 38, sendo ultrapassado por Watson, Fittipaldi e o seu companheiro Gilles Villeneuve, para acabar no sétimo posto. Quando a corrida acabou, todos sabiam que o piloto americano era o virtual campeão do Mundo, pois com 27 pontos em jogo, e com Peterson (12 pontos de diferença) a obedecer a ordens de equipa, ele não podia ser mais alcançado pelo resto do pelotão, pois Niki Lauda, o terceiro no campeonato, tinha já 28 pontos de atraso sobre Andretti. A Lotus podia começar a comemorar, mas mal sabiam que esta tinha sido a última vitória de um piloto americano na Formula 1, e que nos três anos seguintes, os espectadores não iriam ver o típico chapéu de Chapman a ser atirado para o ar sempre que um dos seus carros cruzasse a linha em primeiro lugar...
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1978_Dutch_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr310.html
1 comentário:
Pantaneiro:
A Imagem do Mago jogando seu boné em caso de votória era uma das mais bonitas da F1... Impor Andretti a Peterson foi uma das maiores sacanagens do circo.... A morte de Peterson, largando com um carro antigo, largada quase que F Indy (carros em movimento) demonstraram que a F1 vivia outros tempos.... Pena.... Peterson era grande, Chapman era Magico, o Circo era dos garagistas, os Pilotos os astros..... enfim.... os tempos mudam...
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