O grande rival deste Dakar deveria ter sido a Mitsubishi, com o seu novo Racing Lancer, mas em ano de estreia do novo carro, as expectativas eram naturalmente baixas. Mas não se esperava que tivessem estado sempre atrás dos Volkswagen e do BMWX3 do piloto qatari, e nos últimos dois dias terem desistido dois dos três pilotos oficiais da marca, vitimas de problemas mecânicos (no caso de Peterhansel) e de fisicos (no caso de Gilles Picard, navegador de Luc Alphand). Assim, este Dakar começa a ser um passeio da marca de Wolfsburgo... mas Dominique Seriyes, o responsável da marca japonesa, já esperava que isto poderia acontecer em 2009.
"Mesmo quando chegámos às verificações em Buenos Aires não estava bem certo do que aconteceria. A minha ideia era clara: quando decidimos entrar na categoria diesel com o Racing Lancer, sabíamos que o projecto seria a médio-prazo - 2009/2011", começou por afirmar numa entrevista ao jornal português Autosport.
"Quando se vê que a Volkswagen e a BMW estão neste projecto há seis anos para estarem onde estão hoje, podemos dizer que num breve período de tempo alcançámos a performance, mas ainda há muitas áreas nas quais precisamos de trabalhar e melhorar", acrescentou. Neste momento, com Alphand e Peterhansel desistentes, o unico que sobra é Nani Roma, que é quinto classificado, mas a quase meia hora do seu compatriota Carlos Sainz.
O director técnico da marca, Thierry Viardot, afinou pelo mesmo diapasão: "Não é uma questão de sorte mas sim uma questão de trabalho e esforço. Sabíamos antes de vir que este rali seria muito difícil", afirmou.
Mas apesar da equipa estar reduzida a um carro, Viardot gostaria que o piloto espanhol desse o maximo. "50 por cento de mim pensa que o 'Nani' deveria tentar terminar e os outros 50 dizem-me que ele devia forçar ao máximo para tornar as coisas interessantes. Sabemos que temos capacidades que ainda não demonstramos", referiu.
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