domingo, 22 de março de 2009

Recordando Peter Revson

Este fim de semana coincidiram duas coisas no calendário: as 12 Horas de Sebring, uma das provas mais importantes do calendário de resistência americano, e o 35º aniversário da morte de Peter Revson, um dos melhores pilotos americanos da sua geração, que correram na Europa a par de Mark Donohue, Richie Ginther ou de Dan Gurney, este um pouco mais velho.


Fiz recordar esta conjugação devido a um episódio ocorrido na edição de 1970 da clássica americana: Peter Revson, herdeiro da industria de cosméticos Revlon, corria num Porsche 908, da classe de 3 Litros, com o actor norte-americano Steve McQueen, já consagrado em Hollywood em filmes como "A Grande Fuga" e "Bullit", e um declarado apaixonado pelas corridas. Duas semanas antes da corrida, porém, McQueen teve um acidente e partiu o pé esquerdo. Contudo, mesmo com o gesso na perna, foi correr na mesma, e na corrida, McQueen não se portou mal, e acabou a corrida na segunda posição, a uns meros 23 segundos da tripla constituida por Ignazio Giunti, Nino Vacarella e Mario Andretti, que conduzia um Ferrari 512S. Nuna um segundo classificado tinha tido tanta publiciade que o vencedor.


Revson era um piloto que gozou a vida fazendo aquilo que mais gostava: correr. Sempre o fez por gosto, e nunca pela necessidade do dinheiro. Teve uma carreira curta, mas brilhante, correndo em três temporadas completas de Formula 1, duas das quais pela McLaren, onde alcançou as suas duas unicas vitórias na categoria, em duas das corridas mais confusas da História da Formula 1. No final de 1973, apesar da amizade com Teddy Mayer, saiu da McLaren e foi para a Shadow, onde a 22 de Março de 1974, durante testes preliminares ao GP da Africa do Sul, um braço da suspensão quebrou quando abordava a Curva Crawthorne, matando-o de imediato, aos 35 anos.
Já agora, podem ler uma biografia feita por mim há dois anos atrás, nos primórdios deste blog, bem como outro post referente ao seu acidente fatal.

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