Sabia que, pelo que tinha visto na véspera, Mark Webber era o grande favorito a fazer algo que já não acontecia desde o dia em que Nelson Piquet venceu o seu primeiro título mundial no estacionamento do Casino Ceasar's Palace. Mas isso foi no distante ano de 1981, e Mark Webber nunca foi um Alan Jones ou um Jack Brabham. Mas estava numa equipa e numa situação onde tinha de demonstrar que tinha perfil de vencedor, mesmo 130 GP's depois da sua estreia em casa, no distante ano de 2002, pois caso contrário seria definitivamente ostracizado pelo seu colega em ascensão e actual "menino bonito" da Formula 1, Sebastian Vettel.
A corrida começa com o tempo nublado, e toda a gente a olhar pelos radares metereológicos, procurando por chuva. Um "arranque-canhão" de Rubens Barrichello, e um toque entre os dois que não teve consequências fisicas, colocava o brasileiro na frente, mas ao mesmo tempo, o inglês Lewis Hamilton "repetia" 2007, mas sem desistir, e sem reboques a colocar pilotos no asfalto. Apenas uma travagem muito tardia e um furo no pneu traseiro esquerdo, que o fez arrastar por uma volta no circuito alemão e mandar para o espaço o magnifico quinto lugar na grelha, conseguido na véspera.
Com Barrichello na frente, e Webber logo a seguir, as coisas até estavam a melhorar para o piloto da Brawn, quando os comissários de pista analisaram o comportamento dos dois pilotos na largada e decidiram penalizar o australiano com um "drive-through". Mas Webber tinha um trunfo na mão: o carro funcionava melhor em temperaturas baixas do que o Brawn. Contudo, para conseguir transformar a desvantagem do momento em algo completamente diferente, tinha que dar o seu melhor.
No final, lá conseguiu o seu intento, ainda por cima com uma dobradinha em conjunto com o seu companheiro Vettel, que não teve uma grande corrida, mas conseguiu um bom resultado. Para melhorar as coisas, a estratégia da Brawn não foi a melhor, e acabaram na quinta e sexta posições, com os carros a ziguezaguear no meio da pista, para aquecer convenientemente os pneus...
Quem beneficiou disto tudo foram Felipe Massa e Nico Rosberg. O piloto da Ferrari aproveitou a boa qualificação da marca no dia anterior e chegou à meta na terceira posição, igualando o melhor resultado do ano da Scuderia e dando também um pódio, depois de Kimi Raikonnen ter feito a mesma coisa no Mónaco. Quanto a Rosberg, a jogar em casa, depois de uma má qualificação, partindo do 14º posto, ultrapassa quase toda a gente numa estratégia de duas paragens, e termina na quarta posição. Bem jogado!
E agora, com Webber no pódio e pela primeira vez este ano não tivemos qualquer piloto da Brawn por aquelas bandas (o que foi pena, pois queria ver Barrichello a fazer o "moonwalk" que prometera no seu Twitter), a luta pelo título já ficou mais "apetitosa". Ainda não é a reviravolta que assistimos no WRC, mas já não falta muito, pois Barrichello já perdeu o segundo lugar...
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