Depois de duas vitórias consecutivas para a Williams, o pelotão da Formula 1 ia para o rápido circuito de Zeltweg, na Austria, para competir naquela que iria ser a 11ª ronda do campeonato do mundo, numa temporada onde nunca tinha havido até então um dominador claro, apesar de agora, todos começarem a olhar para os carros de Alan Jones e Clay Regazzoni, que nesta segunda metade da época estavam a tornar-se nos pilotos a abater, para além da dupla da Ferrari, Gilles Villeneuve e Jody Scheckter, e o Ligier de Jacques Laffite.
Na lista de inscritos, a unica novidade era o regresso do irlandês Derek Daly aos circuitos, depois de ter iniciado a época na Ensign, e que tinha partido após o GP do Mónaco. Daly iria correr no segundo Tyrrell, substituindo o britânico Geoff Lees, que nessa altura corria na Formula 2. Quer um, quer o outro, substituiam Jean-Pierre Jarier, que ainda estava adoentado.
Estando na Austria, e apesar de Zeltweg ficar num vale, estava mesmo assim a mais de 800 metros acima do nível do mar, logo, os Renault estavam em vantagem com os seus motores Turbo. Assim, René Arnoux fez a sua primeira pole-position da sua carreira, tendo a seu lado o Williams de Alan Jones. Na segunda fila estava o segundo Renault de Jean-Pierre Jabouille, com o Brabham-Alfa Romeo de Niki Lauda logo a seguir. O Ferrari de Gilles Villeneuve e o segundo Williams de Clay Regazzoni estavam na terceira fila, enquanto que o segundo Brabham de Nelson Piquet e o Ligier de Jacques Laffite eram sétimo e oitavo na grelha. A fechar o "top ten" ficaram o segundo Ferrari de Jody Scheckter e o Tyrrell de Didier Pironi.
Emerson Fittipaldi tinha feito uma qualificação melhor do que o normal no seu Copersucar e era 12º na grelha, e numa grelha de 26 inscritos, mas com 24 a alinharem à partida, o Lotus privado de Hector Rebaque e o Merzário de Arturo Merzário ficaram desta vez de fora da corrida.
Na partida, Gilles Villeneuve faz um arranque-canhão e passa para a frente, com Alan Jones logo atrás, enquanto que René Arnoux caia para quarto, atrás de Lauda. Desde cedo que Jones pressionava Villeneuve na luta pela liderança, enquanto que o canadiano aguentava no que podia. Mais atrás, Jabouille, que tinha partido mal, tendo caido para o nono lugar na primeira volta. Contudo, estava a fazer uma corrida de recuperação, apesar de ter a embraiagem danificada. No inicio da quarta volta, Villeneuve é ultrapassado por Jones e este assume a liderança para não mais a largar.
Mais atrás, era a vez de Arnoux a tentar apanhar Villeneuve. Depois de se livrar de Lauda, agora era a vez do francês a tentar ficar com o segundo posto, de modo a perseguir Jones. Consegue ultrapassá-lo na 11ª volta, mas pouco depois é apanhado pelo seu companheiro Jabouille, que o passa pouco depois para a segunda posição. Mas pouco depois, na volta 16, a embraiagem cede e o francês acaba por desistir.
Mais atrás, Laffite começava um processo de apanhar os pilotos que estavam na sua frente. Na volta 17 era sexto, mas começou a imprimir um ritmo que cedo permitiu apanhar Regazzoni, e depois partiu em perseguição de Scheckter. Tudo parecia ficar assim até à bandeira de chegada até que nas voltas finais, Arnoux começava a sofrer de problemas de combustível, e teve de parar nas boxes para evitar ficar seco. Assim, caiu para a sexta posição, o último lugar pontuável, apesar de depois ter obtido a volta mais rápida.
Na última volta, Laffite finalmente apanha Scheckter e ultrapassa-o, ficando com o lugar mais baixo do pódio, e iria acompanhar Alan Jones (como vencedor) e Gilles Villeneuve na segunda posição, e receber os prémios das autoridades locais. O australiano comemorava a sua segunda vitória consecutiva, a terceira da marca, enquanto que Scheckter, Regazzoni e Arnoux ficavam com os restantes lugares pontuáveis.
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