Na semana em que passou entre as corridas canadiana e americana, a FISA tinha remarcado o GP da Belgica para o dia 9 de Setembro, uma semana depois do GP de Itália, dando tempo aos organizadores para colocar uma nova capa de asfalto, já que o outro, demasiado frágil, tinha sido danificado num só dia. Entretanto, Carl Haas, dono da nova equipa americana na Formula 1, anunciava que tinha assinado um acordo com a Ford para ter motores turbo, preparados pela Cosworth.
O ano de 1985 tinha uma particularidade no panorama da Formula 1: pela primeira vez em dez anos, só haveria uma corrida em solo americano, depois das passagens por pistas como Long Beach, Watkins Glen, Las Vegas e Dallas, duas e até três vezes por ano, numa tentativa da Formula 1 ser mais popular nas terras do Tio Sam, que tinham nesse ano como presidente... um antigo actor de Hollywood.
Na qualificação, continuou o espectáculo da Lotus, com Ayrton Senna a ser o melhor, tendo a seu lado o Williams-Honda de Nigel Mansell. Na segunda fila estavam o Ferrari de Michele Alboreto e o McLaren-Porsche de Alain Prost, enquanto que o segundo Williams-Honda, de Keke Rosberg, era o quinto a partir. Derek Warwick era o sexto, no seu Renault, à frente do Alfa Romeo de Eddie Cheever e do segundo Lotus de Elio de Angelis. A fechar o "top ten" estavam o segundo Ferrari de Stefan Johansson e o Brabham-BMW de Nelson Piquet.
O dia da corrida amanheceu com céu limpo e calor, mas muito vento. No momento da largada, Senna menteve a liderança, mas atrás, Keke Rosberg tem uma excelente largada, passando de uma só vez os carros de Mansell, Prost e Alboreto, que largou mais lento do que o resto do pelotão. Nas voltas seguintes, Senna lutou contra um mau jogo de pneus, e rosberg aproveitou a oportunidade para chegar à liderança no final da oitava volta. Pouco depois trocou de pneus e ficou pelo meio do pelotão.
O finlandês abriu uma vantagem sobre o resto do pelotão, mas cedo começou a ter problemas devido aos papéis que ficavam colados no seu radiador. Por esta altura, os Williams-Honda tinham as duas primeiras posições, mas na volta 20, uma volta depois de Prost ter tido problemas de travões e bater no muro, Mansell sofre um pião e foi ultrapassado por De Angelis, que algumas voltas antes tinha passado Prost e Alboreto. O "brutânico" voltou à pista, mas seis voltas mais tarde sofreu novo despiste e ficou-se por ali.
Com isto, Rosberg continuava na liderança, apesar dos problemas. De Angelis aproximava-se rapidamente, mas quando dobrava pilotos atrasados, um deles tocou-lhe na asa dianteira e teve de ir às boxes fazer a respectiva substituição. Isso deixou Alboreto e johansson nos lugares seguintes, com o Tyrrell de Martin Brundle no quarto posto. Algo surpreendente, para um carro ainda com motor Cosworth...
Mas na volta 30, essa boa corrida acaba quando o RAM de Philipee Alliot não o vê e bate forte nele, deixando os Ferraris um pouco mais sozinhos. Entretanto, mais atrás, Senna fazia uma boa recuperação e já estava na zona dos pontos, à frente do outro Tyrrell de Stefan Bellof. Cedo o brasileiro o ultrapassou e foi em busca de Alboreto, que já tinha sido ultrapassado por Johansson. Mas num circuito como o de Detroit, onde os pneus se desgastam rapidamente e os travões são fortemente solicitados, cedo ou tarde acontecem os despistes devido às falhas do material. Na volta 53, quando Senna já estava em cima de Alboreto, pelo terceiro lugar, o brasileiro da Lotus bate na barreira de pneus e ficou-se por ali.
Com isto, e com Rosberg mais à vontade, depois de tirar os papéis que se acumulavam no radiador, o finlandês rumava à vitória na corrida americana, a primeira do ano para ele e para a Williams, à frente dos Ferraris de Johansson e Alboreto. O Tyrrell de Stefan Bellof, o Lotus-Renault de Elio de Angelis e o Brabham-BMW de Nelson Piquet ficaram com os restantes lugares pontuáveis.
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr410.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1985_United_States_Grand_Prix
O ano de 1985 tinha uma particularidade no panorama da Formula 1: pela primeira vez em dez anos, só haveria uma corrida em solo americano, depois das passagens por pistas como Long Beach, Watkins Glen, Las Vegas e Dallas, duas e até três vezes por ano, numa tentativa da Formula 1 ser mais popular nas terras do Tio Sam, que tinham nesse ano como presidente... um antigo actor de Hollywood.
Na qualificação, continuou o espectáculo da Lotus, com Ayrton Senna a ser o melhor, tendo a seu lado o Williams-Honda de Nigel Mansell. Na segunda fila estavam o Ferrari de Michele Alboreto e o McLaren-Porsche de Alain Prost, enquanto que o segundo Williams-Honda, de Keke Rosberg, era o quinto a partir. Derek Warwick era o sexto, no seu Renault, à frente do Alfa Romeo de Eddie Cheever e do segundo Lotus de Elio de Angelis. A fechar o "top ten" estavam o segundo Ferrari de Stefan Johansson e o Brabham-BMW de Nelson Piquet.
O dia da corrida amanheceu com céu limpo e calor, mas muito vento. No momento da largada, Senna menteve a liderança, mas atrás, Keke Rosberg tem uma excelente largada, passando de uma só vez os carros de Mansell, Prost e Alboreto, que largou mais lento do que o resto do pelotão. Nas voltas seguintes, Senna lutou contra um mau jogo de pneus, e rosberg aproveitou a oportunidade para chegar à liderança no final da oitava volta. Pouco depois trocou de pneus e ficou pelo meio do pelotão.
O finlandês abriu uma vantagem sobre o resto do pelotão, mas cedo começou a ter problemas devido aos papéis que ficavam colados no seu radiador. Por esta altura, os Williams-Honda tinham as duas primeiras posições, mas na volta 20, uma volta depois de Prost ter tido problemas de travões e bater no muro, Mansell sofre um pião e foi ultrapassado por De Angelis, que algumas voltas antes tinha passado Prost e Alboreto. O "brutânico" voltou à pista, mas seis voltas mais tarde sofreu novo despiste e ficou-se por ali.
Com isto, Rosberg continuava na liderança, apesar dos problemas. De Angelis aproximava-se rapidamente, mas quando dobrava pilotos atrasados, um deles tocou-lhe na asa dianteira e teve de ir às boxes fazer a respectiva substituição. Isso deixou Alboreto e johansson nos lugares seguintes, com o Tyrrell de Martin Brundle no quarto posto. Algo surpreendente, para um carro ainda com motor Cosworth...
Mas na volta 30, essa boa corrida acaba quando o RAM de Philipee Alliot não o vê e bate forte nele, deixando os Ferraris um pouco mais sozinhos. Entretanto, mais atrás, Senna fazia uma boa recuperação e já estava na zona dos pontos, à frente do outro Tyrrell de Stefan Bellof. Cedo o brasileiro o ultrapassou e foi em busca de Alboreto, que já tinha sido ultrapassado por Johansson. Mas num circuito como o de Detroit, onde os pneus se desgastam rapidamente e os travões são fortemente solicitados, cedo ou tarde acontecem os despistes devido às falhas do material. Na volta 53, quando Senna já estava em cima de Alboreto, pelo terceiro lugar, o brasileiro da Lotus bate na barreira de pneus e ficou-se por ali.
Com isto, e com Rosberg mais à vontade, depois de tirar os papéis que se acumulavam no radiador, o finlandês rumava à vitória na corrida americana, a primeira do ano para ele e para a Williams, à frente dos Ferraris de Johansson e Alboreto. O Tyrrell de Stefan Bellof, o Lotus-Renault de Elio de Angelis e o Brabham-BMW de Nelson Piquet ficaram com os restantes lugares pontuáveis.
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr410.html
http://en.wikipedia.org/wiki/1985_United_States_Grand_Prix
1 comentário:
Quando Keke Rosberg aparece na frente de Ayrton Senna pela primeira vez, não foi mostrado ao vivo ou numa cena de recuperação ou no arquivo de revisão da temporada de 1985 (1985 FIA Formula 1 World Championship Official Season Review), como o Williams número 6 do piloto finlandês ultrapassou o Lotus número 12 do brasileiro.
Notas:
- na 6ª prova da temporada de 1985, 100ª prova de Nelson Piquet na Fórmula 1 e o primeiro ponto (6º lugar), assim como da Brabham;
- 100ª prova da Alfa Romeo (Construtor);
- 50ª prova do motor Hart na categoria e
- últimos 3 pontos (4º lugar) do alemão Stefan Bellof na carreira.
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