Que José Mourinho é uma personalidade polarizadora, isso ninguém tem dúvidas. Que seja um alvo, ele é e vive bem com isso, desde que não ultrapasse uma determinada marca. E uma das razões porque detesto futebol não é por causa do jogo em si mas sim como é que as polarizações entre adeptos dos clubes levam a ódios e a conflitos, por vezes com consequências fatais.
E esta tarde, o jornal Público fala que tentaram atacar José Mourinho na Corunha. Foi na semana passada, quando o Real Madrid chegava à Galiza para jogar com o clube local - e acabou zero a zero - quando um dos seguranças que o protegiam sentiu uma punhalada na zona da axila. O golpe, de quatro centímetros, não foi muito grave e o clube escondeu o incidente até agora, para não amedrontar nem os adeptos, nem o técnico. A noticia surgiu no dia a seguir à vitória sobre o Málaga por uns meros... 7-0.
Depois desta, ficas a recear o monstro que é o futebol. Não o jogo em si mas os que estão à volta, que descarregam todos os dias as suas frustrações da vida diária nos seus clubes, fazendo crer que esse ópio os faça esquecer por momentos as suas vidas, cada vez mais dificeis, cada vez mais estressantes. E este incidente faz despelotar o meu maior medo: o que acontecerá quando um fanático fazer mal a uma das estrelas deste desporto, como fizeram ao colombiano Andrés Escobar há dezassete anos, quando teve a infelicidade de marcar um auto-golo ao serviço da sua seleção?
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