(...) "No final desse ano, Pedro deveria ter feito o seu primeiro teste de Formula 1 num Lotus, como prémio pela sua vitória na Formula 3000 britânica, mas a equipa passava por fortes convulsões. Sendo assim, esse primeiro testes foi no Estoril, a bordo de um chassis da Coloni. A equipa tinha passado por um mau ano com os motores Subaru flat-12, construídos por Carlo Chiti, e após meio ano, tinha sido recomprada por Enzo Coloni para manter a equipa a flutuar.
No inicio de 1991, Coloni, que tinha gasto muito dinheiro no projeto anterior, não tinha o suficiente para construtir um chassis totalmente novo, logo, foi buscar o velho C3, de 1989, e pediu a uma equipa de técnicos da Universidade de Perugia para o atualizar. Contudo, mesmo com as atualizações, era um chassis lento e difícil de manobrar. E o motor era modesto, um Ford DFR.
Coloni queria inicialmente Andrea de Cesaris, mas ele, sensatamente, decidiu rumar para a Jordan. A seguir, tentou Chaves, que aceitou, pois queria chegar à categoria máxima do automobilismo e colocar Portugal no mapa. Levou os seus patrocinadores pessoais para o carro, mas cedo viu que com aquele chassis, as suas hipóteses de correr num fim de semana de competição seriam ínfimas. E ainda por cima, conhecia mal boa parte dos circuitos..." (...)
Eis a parte da biografia onde fala do inicio da aventura de Pedro Matos Chaves na Coloni, faz agora vinte anos. Uma aventura onde em treze tentativas, não conseguiu sequer passar da qualificação, dado o geriátrico chassis e o fraco motor que tinha entre mãos. Chaves tornou-se no segundo português na Formula 1, mas para além disto, teve uma carreira tão variada que incluiu passagens pelos Estados Unidos e... pelos ralis, tornando-se bicampeão nacional ao serviço da Toyota.
É essa versatilidade que falo hoje no sitio Pódium GP, onde podem ler por lá toda a sua história.
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