A A1GP acabou em 2009, mas parece que não vai ser a última vez que falaremos sobre ela. Não, não tem a ver com a falada A10 World Series, que parece estar a tentar reavivar o espírito da competição, mas porque as circunstâncias do seu desaparecimento esão a ser investigadas pelas autoridades britânicas.
Segundo a edição de ontem do Daily Telegraph, a Serious Fraud Office, organismo que investiga os crimes de colarinho branco, está a investigar as contas de duas empresas do universo A1GP, a A1 Holdings, a empresa-mãe, e a A1 Grand Prix Operations, de forma a descobrir a origem dos seus financiamentos. Ambas as empresas, que entraram em liquidação em Fevereiro de 2010, têm dívidas que em conjunto, valem 400 milhões de libras (330 milhões de euros), provenientes de dezenas de credores, desde companhias como a RAB Capital até aos donos de equipas um pouco por todo o mundo. Neste momento, correm em tribunais britânicos cerca de quinze acções.
As primeiras investigações acontecerem no inicio do ano passado, após o cancelanento da temporada 2009-10, cuja primeira corrida iria acontecer no circuito australiano de Surfers Paradise. As autoridades britânicas queriam compreender como é que o negócio foi para a frente, sabendo que naquele momento, os carros estavam num armazém na Grã-Bretanha, retidos graças a uma acção em tribunal devido a dívidas por pagar. O caso foi acompanhado pela Interpol, mas não se conhecem quaisquer conclusões.
Neste momento, para ter uma organização como a Serious Fraud Office metida no barulho, é porque se desconfia de que poderá ter havido desvio de fundos, no minimo. Apesar da série ter uma ideia interessante por detrás, a figura de Tony Teixeira, um sul-africano de origem portuguesa, nunca foi totalmente levada a sério ao longo da sua permanência na frente dos destinos da A1GP. E as desconfianças nunca foram dissipadas mesmo quando assinou um acordo com a Ferrari para fornecer todo um conjunto de chassis e motor. Afinal tinham razão: fora Teixeira que fizera a encomenda à marca do Cavalino, numa relação meramente clientelar e nunca de parceria. E creio que a Ferrari também ficou "a arder" neste caso...
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