Lendo o que se fala neste inicio de semana sobre as equipas de Formula 1, vejo que se fala muito de Williams, Renault e Hispania (desculpem lá, mas não digo HRT) em tudo que é comunicação social especializada. Como agora o problema é a abundância, decidi que tinha de ter um critério de importância para falar sobre estas equipas. E como hoje se fala imenso da Williams e da transferência de Sam Michael para a McLaren, acho que esse deve ser a primeira equipa a ser referida por aqui.
Esta tarde, estava a ver o excelente artigo do José Inácio sobre a Williams, em que culpa de uma certa forma a má gestão de Adam Parr pela decadência da equipa de Grove nos últimos anos. Concordo plenamente com essa afirmação, dado que durante a sua gestão foram mais os técnicos e os patrocinadores a sair do que a entrar, e as mais recentes operações como a capitalização bolsista do inicio do ano em Frankfurt, que desvalorizaram a equipa para quase metade, fez com que agora esteja à venda ao melhor interessado. E tem duas hipóteses: ou é comprada pelos holandeses da McGregor e ficam com o Gierdo Van der Garde, ou então aceitam um piloto pagante com experiência. E em relação a isso, vale a pena ler o que vem esta semana na Autosport portuguesa, no artigo escrito pelo suspeito do costume, Luis Vasconcelos.
"WILLIAMS NO CENTRO DO MERCADO
A Williams concentra as atenções, sendo Petrov e Sutil os homens em foco, assumindo-se como potenciais sucessores de Barrichello
Vitaly Petrov saltou para o mercado de pilotos nos últimos dias, depois de ter ficado claro que o seu lugar na Renault não estava minimamente seguro para 2012. Os responsáveis da equipa esperavam uma progressão mais acentuada do jovem piloto russo, que sentiu a falta de Robert Kubica na liderança no terreno e pouco ou nada evoluiu ao lado de Nick Heidfeld.
Como para além disso, o russo não se tem mostrado superior a Bruno Senna pela margem que se esperava na Renault, dada a diferença de experiência e rodagem dos dois, a sua cotação no seio da equipa de Enstone baixou de forma significativa nas últimas duas corridas. Acresce que a Renault continua a ter enormes dificuldades para encontrar patrocinadores na Rússia, o que torna a manutenção do piloto de Vyborg menos atraente para a equipa que ainda é de Gerard Lopez.
Só que Petrov tem um aliado de peso para se manter na Formula 1: Bernie Ecclestone. O patrão da F1 quer manter o piloto russo no ativo pelo menos até à realização do primeiro Grande Prémio em Sochi - previsto para 2014 mas muito provavelmente adiado por um ano para 2015 - e, por isso, Ecclestone contactou a Williams, que necessita desesperadamente de um segundo piloto pagante para o próximo ano para acompanhar Pastor Maldonado.
A possibilidade de angariar cerca de dez milhões de euros em patrocinios russos e o fato de Petrov ter já dois anos de experiência na F1 jogam a favor da sua candidatura, mas para já, Adam Parr parece perferir Adrian Sutil, que mesmo só podendo garantir metade do dote do russo, tem a seu crédito cinco anos de experiência, está a efetuar a sua melhor temporada desde que chegou à Formula 1 e é particularmente veloz à chuva, podendo obter resultados importantes em corridas particularmente difíceis, o que é atraente para uma equipa sem carro para andar nos lugares da frente.
À ESPERA DOS HOLANDESES
Mas esta questão do mercado de pilotos é secundária, tanto para a Renault como para a Williams. Ambas as equipas negoceiam com Marcel Boekhoorn para 2012 e nos anos seguintes, esperando atrair o milionário holandês, mesmo se isso implica ter de colocar o seu genro, Gierdo van der Garde, num dos seus carros.
Como já noticiamos há duas semanas, Boekhoorn está a considerar a possibilidade de comprar a equipa Renault F1 (ler em separado) mas ainda não fechou as portas a limitar o seu investimento e a comprar um lugar na Williams para o seu protegido. Caso opte por esta solução, Boekhoorn colocará Van der Garde ao lado de Maldonado na Williams, apesar de Parr garantir que não quer dois pilotos inexperientes como titulares.
Mas o mais provável é acabar mesmo por avançar para a comprar da Renault, colocando o piloto holandês na equipa de Enstone, ao lado do recuperado Robert Kubica, o que lhe dará uma excelente oportunidade de aprender com um piloto de ponta sem estar sob pressão, deixando Petrov e Sutil no mercado, com a Williams a ser o principal alvo dos pilotos."
De forma um pouco mais pessoal, creio que são desenvolvimentos interessantes, mas dos nomes que estão à baila, deve-se colocar mais um, que é o de Bruno Senna. Caso se confirme o regresso de Robert Kubica à boa forma e a compra da Renault por parte do holandês, o piloto brasileiro ou voltaria à condição de terceiro piloto na Renault, vendo se Kubica fique mesmo curado ou não, ou ficaria de fora para 2012, e lá tem de arranjar novo poiso.
Acho que sobre esse capítulo, merece um post à parte, mas digo isto: com 2,5 milhões para meia época, e como terceiro piloto, se apresentar bons resultados e os patrocinadores locais forem mais generosos, o Bruno seria uma carta fora do baralho? Pelo que vejo, leio e oiço, oficial e "oficiosamente", não creio...
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