Quinze dias depois de terem corrido em Spa-Francochamps, a Formula 1 chegava a Monza, habitual palco do GP de Itália, sem os Andrea Moda, excluídos pela FIA, e a Brabham, que tinha acabado o dinheiro e fechado as portas de vez. Ao todo, 28 carros iriam alinhar na 13ª corrida de uma temporada já decidida há muito, tal tinha sido o domimio da Williams. O francês Eric Comas, acidentado na corrida anterior com o seu Ligier, tinha sido dado como apto e iria alinhar em Monza.
Mas na equipa campeã, o ambiente era tenso. Com o final da época e já se negociava para a próxima, começavam a surgir os acordos que Frank Williams tinha urdido ao longo do ano, nomeadamente a contratação de Alain Prost, que nesse ano estava a fazer um período sabático. Nigel Mansell, que não queria ver o francês nem pintado a ouro, depois da má experiência da Ferrari, em 1990, quando estava a negociar um aumento salarial para a temporada de 1993, soube do acordo e ficou possesso.
E provavelmente foi com essa energia que Mansell fez a "pole-position" com o tempo de 1.22,221, 601 centésimos na frente de Ayrton Senna, no seu McLaren. Jean Alesi foi o terceiro, na frente do segundo Williams-Renault de Riccardo Patrese. Gerhard Berger era o quinto no segundo McLaren, seguido pelo Benetton de Michael Schumacher. Ivan Capelli era o sétimo, seguido pelo Ligier-Renault de Thierry Boutsen, e a fechar o "top ten" ficavam o segundo Benetton de Martin Brundle e o Larrousse-Lamborghini de Bertrand Gachot.
Os dois azarados que fizeram os piores tempos foram o brasileiro Christian Fittipaldi, no seu Minardi, e o italiano Stefano Modena, num Jordan-Yamaha.
No domingo de manhã, horas antes da corrida, Mansell faz um anuncio chocante: iria abandonar a Formula 1 no final da época, tentando a sua sorte na americana CART. Toda a gente foi apanhada desprevenida, mas os que desconfiavam da razão, ficaram com a certeza de que Alain Prost iria retomar as atividades na Williams em 1993 e Mansell não o suportava. Mais tarde, iria se saber que Mansell iria correr na Newman-Haas, de Paul Newman e Carl Haas, ao lado do seu ex-companheiro de equipa da Lotus, Mário Andretti.
Antes de começar a partida, Gerhard Berger teve problemas e decidiu largar com o carro de reserva. No arranque, Mansell sai melhor do que Senna, enquanto que atrás, Schumacher tem um mau arranque e bate no Ligier de Boutsen, tendo partido a sua asa, arrastando-se ate às boxes. Na frente, Mansell começa a afastar-se paulatinamente até ter cerca de doze segundos de diferença sobre Patrese, que conseguira passar Senna para o segundo lugar na 12ª volta, duas voltas depois dos dois Ferrari terem se retirado: Capelli devido a problemas elétricos, Alesi devido a um problema com o tubo de combustível.
Depois, de súbito, o britânico abaixou o ritmo ao ponto do italiano se aproximar e o ultrapassar na volta vinte, numa altura em que Berger e Schumacher tinham recuperado o suficiente para andaram na zona dos pontos. A partir dali, Mansell andou exactamente atrás do italiano, dando a entender que poderia passar a qualquer momento, com Senna no terceiro lugar, a tentar acompanhar os Williams.
Contudo, os planos saíram-lhe furados para Mansell: na volta 41, teve um problema na sua caixa de velocidades e acaba por se retirar, deixando Patrese confortável na liderança, controlando Senna. Mas a Patrese também lhe calharia problemas, pois a três voltas do fim, um problema a nível hidráulico o fez perder a liderança e a se arrastar até ao fim da prova.
No final, Senna herda a vitória, conseguindo aquela que viria a ser a sua terceira vitória do ano. Ao seu lado no pódio ficavam os Benetton de Martin Brundle e de Michael Schumacher, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o McLaren de Gerhard Berger, o Williams de Riccardo Patrese e o Tyrrell de Andrea de Cesaris.
Depois, de súbito, o britânico abaixou o ritmo ao ponto do italiano se aproximar e o ultrapassar na volta vinte, numa altura em que Berger e Schumacher tinham recuperado o suficiente para andaram na zona dos pontos. A partir dali, Mansell andou exactamente atrás do italiano, dando a entender que poderia passar a qualquer momento, com Senna no terceiro lugar, a tentar acompanhar os Williams.
Contudo, os planos saíram-lhe furados para Mansell: na volta 41, teve um problema na sua caixa de velocidades e acaba por se retirar, deixando Patrese confortável na liderança, controlando Senna. Mas a Patrese também lhe calharia problemas, pois a três voltas do fim, um problema a nível hidráulico o fez perder a liderança e a se arrastar até ao fim da prova.
No final, Senna herda a vitória, conseguindo aquela que viria a ser a sua terceira vitória do ano. Ao seu lado no pódio ficavam os Benetton de Martin Brundle e de Michael Schumacher, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o McLaren de Gerhard Berger, o Williams de Riccardo Patrese e o Tyrrell de Andrea de Cesaris.
3 comentários:
acredito que a última vitória das saudosas e belas Mclaren-Honda foi o Grande Prêmio da Austrália com Berger... desculpe te corrigir pois teu trabalho é simplesmente fantástico para aficcionados como eu. Parabéns!
Na época, comentou-se que o rádio da equipe Williams havia sido interceptado, e durante a prova a equipe insistia que Mansell desse passagem à Patrese, visto que o campeonato já estava decidido. Com as suas negativas, a equipe começou a interferir no rendimento do carro de Mansell, reduzindo seu ritmo para que Patrese o alcançasse. O abandono de Mansell teóricamente teria sido após um ultimatum dele para a equipe, de que cessassem com as interferências (o que não ocorreu, optando o inglês então por abandonar o GP). Até então, não sei se isto não passa de boato.
Tens razão, Edson. Vou corrigir.
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