O Grande Prémio de Itália, em Monza, simboliza por estes dias o termo da passagem anual pelas duas clássicas europeias antes da digressão pelos "novos-ricos" asiáticos, que encheram os bolsos da Formula 1 para fazer com que os seus países entrassem no mapa. O Japão é a única excepção, porque Suzuka já ganhou o seu estatuto de clássico, mas todos os outras corridas que aí vêm tem pouco mais de cinco anos no calendário.
Nesta temporada cheia de altos e baixos, com cinco equipas com possibilidades de vencer, ao ver que os McLaren tinham levado a melhor na qualificação, esperava-se que poderiam dominar esta corrida com maior ou menor dificuldade, caso não tivessem problemas ou acertassem na estratégia de corrida. E mesmo que um tivesse problemas, outro apareceria para "salvar o dia", já que Felipe Massa era relativamente inofensivo e Fernando Alonso, graças ao problema que teve na Q3, estava demasiado longe para os beliscar. A realidade e´que a corrida foi bem mais movimentada do que isso.
Comecemos pela partida. Esta foi muito interessante, pois Massa largou muito bem e travou mais tarde que Hamilton para tentar passar na primeira curva, mas como estava por fora, não conseguiu ficar com a liderança, que ficou firme no piloto britânico. Atrás, Alonso consegue passar dois carros, incluindo colocar o Force India de Paul di Resta com duas rodas fora da pista, e subiu para oitavo, atrás de Kamui Kobayashi.
Depois acabou por subir mais dois lugares, passando Michael Schumacher com este a dar alguma resistência. Mas o que fez mais - e com um valente "empurrão" para a gravilha - foi Sebastian Vettel, que depois foi penalizado por essa manobra, "a pedido" de Alonso. Curiosamente, no ano passado, Alonso fez mais ou menos a mesma coisa no mesmo local, e os comissários de pista acharam a manobra legitima. E depois não se admiram que alguns adeptos chamem a FIA de "Ferrari International Assistance"...
Nesta temporada cheia de altos e baixos, com cinco equipas com possibilidades de vencer, ao ver que os McLaren tinham levado a melhor na qualificação, esperava-se que poderiam dominar esta corrida com maior ou menor dificuldade, caso não tivessem problemas ou acertassem na estratégia de corrida. E mesmo que um tivesse problemas, outro apareceria para "salvar o dia", já que Felipe Massa era relativamente inofensivo e Fernando Alonso, graças ao problema que teve na Q3, estava demasiado longe para os beliscar. A realidade e´que a corrida foi bem mais movimentada do que isso.
Comecemos pela partida. Esta foi muito interessante, pois Massa largou muito bem e travou mais tarde que Hamilton para tentar passar na primeira curva, mas como estava por fora, não conseguiu ficar com a liderança, que ficou firme no piloto britânico. Atrás, Alonso consegue passar dois carros, incluindo colocar o Force India de Paul di Resta com duas rodas fora da pista, e subiu para oitavo, atrás de Kamui Kobayashi.
Depois acabou por subir mais dois lugares, passando Michael Schumacher com este a dar alguma resistência. Mas o que fez mais - e com um valente "empurrão" para a gravilha - foi Sebastian Vettel, que depois foi penalizado por essa manobra, "a pedido" de Alonso. Curiosamente, no ano passado, Alonso fez mais ou menos a mesma coisa no mesmo local, e os comissários de pista acharam a manobra legitima. E depois não se admiram que alguns adeptos chamem a FIA de "Ferrari International Assistance"...
Atrás, viamos outra corrida mais inteligente, mais sólida, mais solitária e menos polémica: Sergio Perez, que largava da 12ª posição, decidiu partir com pneus duros até ao meio da corrida, tentando retardar o mais possível a sua paragem na boxe. As coisas lhe correram bem até à volta 26, quando estava no sexto lugar, mas o espectáculo começou na segunda parte: com pneus médios e menos combustível no depósito, começou a galgar segundos atrás de segundos, e a aproveitar os azares alheios.
Azares alheios que atingiam a equipa que parecia dominar tudo: a McLaren. Jenson Button para na Reta Oposta, à entrada da Parabóica, quando o coletor de combustível deixa de funcionar, abandonando quando tinha o segundo lugar na mão. E não seria o único dos da frente a abandonar, quando Vettel, pouco depois de cumprir a penalização, para na reta da meta após ter sido avisado que tinha problemas no alternador. O mesmo alternador que o deixou na mão em Valência...
Com esses abandonos, Alonso sorria, pois assim conseguia anular em parte os pontos que perdeu em Spa-Francochamps, e aproximava-se dos lugares da frente. Depois de Massa o deixar passar, parecia que Alonso ficava com o segundo lugar assegurado. Mas não, porque, vindo de trás e a um ritmo elevado, Perez apanha os dois Ferrari e os ultrapassa com facilidade. O mexicano chegou a passar o brasileiro da Reta Oposta, uma zona sem DRS, e depois, foi a vez de Alonso ser submetido à maior velocidade de "Speedy Gonzalaez". Parece que Luca di Montezemolo engoliu algumas das palavras que disse no inicio da semana...
Azares alheios que atingiam a equipa que parecia dominar tudo: a McLaren. Jenson Button para na Reta Oposta, à entrada da Parabóica, quando o coletor de combustível deixa de funcionar, abandonando quando tinha o segundo lugar na mão. E não seria o único dos da frente a abandonar, quando Vettel, pouco depois de cumprir a penalização, para na reta da meta após ter sido avisado que tinha problemas no alternador. O mesmo alternador que o deixou na mão em Valência...
Com esses abandonos, Alonso sorria, pois assim conseguia anular em parte os pontos que perdeu em Spa-Francochamps, e aproximava-se dos lugares da frente. Depois de Massa o deixar passar, parecia que Alonso ficava com o segundo lugar assegurado. Mas não, porque, vindo de trás e a um ritmo elevado, Perez apanha os dois Ferrari e os ultrapassa com facilidade. O mexicano chegou a passar o brasileiro da Reta Oposta, uma zona sem DRS, e depois, foi a vez de Alonso ser submetido à maior velocidade de "Speedy Gonzalaez". Parece que Luca di Montezemolo engoliu algumas das palavras que disse no inicio da semana...
As voltas finais foram (ainda mais) para esquecer nos lados da Red Bull: Mark Webber perde o controle do seu carro na saída da Ascari, evita bater no muro, mas depois tem problemas na caixa de velocidades e encosta à boxe para abandonar de vez, a duas voltas do fim.
No final do GP de Itália, com os "tiffosi" a invadir a pista e a gritar por Alonso, havia três pilotos muito felizes: Lewis Hamilton pela vitória e pelo facto de ter dado um pontapé na crise e no episódio do "Twittergate", Sergio Perez pela corrida da sua vida e pela estrategia arriscada, e Fernando Alonso, pelo pódio e pelo facto de os Red Bull e Jenson Button marcaram zero pontos (pela primeira vez em... 34 corridas!), conseguindo anular os efeitos da sua desistência em Spa-Francochamps. Mas para muitos, o herói do dia foi Perez, que acabou no segundo lugar e conseguiu o seu terceiro pódio da sua carreira. É uma grande ironia. Afinal de contas, sete dias antes, em La Source, aqueles senhores do pódio tinham sido vítimas da impetuosidade de Romain Grosjean...
A Formula 1 sai agora da Europa - só voltando em abril de 2013 - e agora chegamos às corridas asiáticas. As coisas continuam confusas, e qualquer um dos candidatos ao título que sorriu hoje, poderá ter um mau dia na corrida a seguir. Afinal de contas, faltam sete corridas para o final da temporada e tudo pode acontecer.
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