No último rali da carreira da Volkswagen, Anders Mikkelsen resistiu aos ataques de Sebastien Ogier e venceu o seu segundo rali nesta temporada com um avanço de 14,9 segundos sobre o piloto francês. O belga Thierry Neuville ficou com o lugar mais baixo do pódio, conseguindo bater Hayden Paddon por pouco mais de 14 segundos.
No último dia do Rali da Austrália, as coisas estavam um pouco indecisas por causa dos problemas que Mikkelsen estava a passar com o cabo da sua embraiagem, a via Ogier a aproximar-se de tal forma. Pouco mais de dois segundos separavam ambos os pilotos, quando tinham mais cinco especiais até à meta.
O dia de hoje começou pela primeira passagem por Setteles Reverse, onde Mikkelsen tentou aguentar os ataques de Ogier, e conseguiu por meros 0,6 segundos. Hayden Paddon foi o terceiro, a 2,4 do norueguês, e aguentava o terceiro posto da geral. “Estamos a atacar ao máximo. A dar tudo, completamente no limite, e sem erros. É continuar assim”, referiu o norueguês, com Ogier a responder: “É bom ficar à frente do Hayden. É claro que quero assegurar a vitória – é para isso que estou aqui – mas para já é bom estar à frente do Hyundai”, disse.
Já Paddon estava satisfeito com o que tinha conseguido por agora: “Não vamos cair sem dar tudo. Os tipos que vêm atrás de mim estão a forçar o andamento e eu também. OK, talvez tenha cometido alguns excessos aqui e ali, mas estas coisas acontecem quando dás tudo”, disse o neozelandês da Hyundai.
Na classificativa seguinte, em Bucca16, Mikkelsen voou em relação à concorrência, tirando 18 segundos aos seus mais diretos adversários e basicamente, garantiu a vitória no rali. A classificativa de 31 quilómetros foi mais do que suficiente para arrasar a concorrência, pois Ogier foi terceiro, a 19,6 segundos (e a fazer um pião), enquanto que Paddon perdeu mais de um minuto e 13 segundos devido a um furo, perdendo também o terceiro posto.
“Fiz um pião. Está tudo bem, mas perdemos talvez 15 segundos. Faz parte do jogo”, disse o tetracampeão.
Na primeira passagem por Wedding Bells, Mikkelsen voltou a vencer, com 0,2 segundos sobre Jari-Matti Latvala e 0,5 segundos sobre Sebastien Ogier, numa altura em que Latvala estava agora no "top ten", depois de uma corrida de reecuperação. Na especial, Eric Camili sofreu um capotamento, que fez interromper a classificativa por algum tempo.
“Nunca conduzi tão depressa e me senti tão confortável como agora. Dá-me muita confiança. Não estou a pilotar como um louco, mas a marcar bons tempos. Está tudo realmente a fazer sentido”, disse o norueguês, enquanto que Ogier já se conformava com o resultado, admitindo que a vitória pertencia a Mikkelsen. “Agora a batalha chegou ao fim, mas com certeza que gostei muito desta luta durante dois dias fantásticos. O Andreas fez um bom trabalho. Ok, o rali ainda não acabou, mas se ele vencer será um triunfo muito merecido”, revelou.
Na segunda passagem por Settles Reverse, Ogier voltou a ganhar, batendo Paddon por 1,4 segundos, enquanto que na Power Stage, a segunda passagem por Wedding Bells, o melhor foi Ogier, com Neuville e Sordo a ficaram com os outros lugares do pódio.
Na geral, depois de Mikkelsen, Ogier e Neuville, Paddon foi o quarto, e Dani Sordo o quinto, a um minuto e 28 segundos do vencedor, batido pelo piloto neozelandês nesta contabilidade pessoal. Mads Ostberg foi o sexto e o melhor dos Ford, a um minuto e 41 segundos, deixando Ott Tanak bem longe, a mais de três minutos do vencedor. Esapekka Lappi foi o oitavo, no seu Skoda e o melhor dos WRC2, a mais de sete minutos e 32 segundos, com Jari-Matti Latvala a recuperar até ao nono lugar, com Lorenzo Bertelli a fechar o "top ten".
Agora, termina o Mundial de 2016, e os pilotos da Volkswagem procuram novos empregos, esperando que já os tenham preenchido antes do primeiro rali da temporada de 2017, em Monte Carlo.
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