Dois meses depois da última corrida, em Xangai, máquinas e pilotos estão no Qatar para a última prova do campeonato mundial de Turismos. Nesta corrida noturna, o WTCC estava num momento unico, pois a Citroen e a Lada irão abandonar a competição, e alguns dos pilotos presentes, como Gabriele Tarquini, Yvan Muller e José Maria Lopez, também abandonarão a competição, rumando a outras paragens.
Com Tom Chilton como o "poleman", a primeira corrida foi complicada. Tom Chilton ficou com o comando, mas no meio do pelotão, uma série de toques colocou fora de prova o Honda de Tiago Monteiro, por causa de danos na suspensão do seu Honda. A má colocação do seu carro fez com que entrasse o Safety Car na pista, mas duas voltas depois, a bandeira vermelha foi mostrada.
O piloto português explicou depois, nas boxes, o que aconteceu: “Aconteceram muitas coisas. Houve muito contacto. Fui empurrado por trás durante a travagem, eu próprio depois toquei no Péchito [Lopez] durante a travagem. E depois estava por dentro, e ao acelerar senti outra vez um grande empurrão no lado direito. É a primeira volta e todos estão a tentar dar o máximo, portanto não estou realmente a culpar ninguém. Mas o Péchito tocou-me, o pneu rebentou e fui bater na barreira dos pneus – mais uma razão para não os termos ali, porque o meu carro está muito danificado, e nem tinha visto que o Hugo [Valente] estava ali”.
Após alguns minutos, a corrida retomou atrás do Safety Car, para recomeçar na quarta volta, quando Gabriele Tarquini atacou Chilton para ficar com a liderança da corrida. Robert Huff ficou com o terceiro posto, pressionando Chilton, enquanto que Mehdi Bennani acabaria por ser penalizado com uma passagem às boxes.
Nas voltas seguintes, Tarquini afastou-se do segundo classificado, pois Chilton aguentava o piloto da Honda, e as coisas ficaram assim até à meta. Yvan Muller foi o quarto, sendo o melhor dos Citroen.
No pódio, Tarquini explicou o segredo do seu sucesso: “A chave foi a ultrapassagem. Com o safety car, no reinício, tive uma oportunidade e aproveita-a. O carro estava incrível. Esta vitória é para a equipa Lada, porque como sabes vai sair do WTCC, mas vai ficar no meu coração para sempre, porque esta pode também ser a minha última corrida no WTCC, e portanto sair assim é um sonho”, disse. “Foi fantástico ser nono na qualificação e ter esta oportunidade”, concluiu.
Na segunda corrida, com Bennani na pole, com Lopez no segundo posto, os vários toques na primeira volta fizeram com que o Safety Car entrasse na pista. Hugo Valente abandonava a corrida devido aos toques que danificaram o seu chassis, enquanto que Robert Dahlgren ia às boxes para tentar reparar os danos do seu Volvo.
Quando o Safety Car recolheu às boxes, Lopez tentou passar o piloto marroquino na primeira curva, mas sem sucesso. Thed Bjork e Yvan Muller estavam atrás, com Norbert Mischelisz e Tiago Monteiro colocavam os seus Hondas no quinto e sexto posto. O húngaro superou Muller, enquanto que o português perdia lugares para o Honda de Huff e o Lada de Tarquini. Ao mesmo tempo, Bjork superou o argentino e ficou com o segundo posto.
Nas voltas seguintes, Monteiro conseguiu apanhar Tarquini e Huff para ficar com o sexto posto, enquanto que na frente, Bjork tentava apanhar Bennani, mas ele conseguia defender-se desses ataques. Contudo, na penultima volta, Bjork saiu mais largo numa curva e a vitória ficou decidida a favor do piloto da Citroen.
O terceiro lugar ficou para "Pechito" Lopez, enquanto que o quarto posto decidiu-se entre Muller e Mischelisz, com vantagem para o piloto da Honda. O francês perdeu ainda o quinto lugar para Tiago Monteiro, que consegue assim manter o terceiro posto do campeonato, um ponto à frente do seu companheiro de equipa.
“Foi muito difícil, mas tive muito apoio. Muito obrigado. A minha corrida foi muito difícil. Queria vencer, e portanto ou vencia ou colocava o carro contra um muro. Mas estou muito contente. Sabíamos que o Volvo era mais leve em 80 kg, e sabia que tinha de puxar no limite para mantê-lo atrás deles. Quero agradecer em particular ao Reino de Marrocos, porque sem o seu apoio não estaria provavelmente a lutar aqui”, disse Mehdi Bennani.
O campeonato regressa em abril do ano que vêm.
“Foi muito difícil, mas tive muito apoio. Muito obrigado. A minha corrida foi muito difícil. Queria vencer, e portanto ou vencia ou colocava o carro contra um muro. Mas estou muito contente. Sabíamos que o Volvo era mais leve em 80 kg, e sabia que tinha de puxar no limite para mantê-lo atrás deles. Quero agradecer em particular ao Reino de Marrocos, porque sem o seu apoio não estaria provavelmente a lutar aqui”, disse Mehdi Bennani.
O campeonato regressa em abril do ano que vêm.
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