domingo, 11 de fevereiro de 2018

O regresso de Didier Auriol

Aos 59 anos de idade, a memória de Didier Auriol parece estar um pouco esquecida nos apreciadores mais novos dos ralis. Campeão do mundo em 1994, há trinta anos espantou o mundo ao vencer o Rali da Córsega a bordo de um Ford Sierra Cosworth, impulsionando uma carreira na Lancia, Toyota, Seat e Peugeot, entre outros, acabando por vencer o Mundial de ralis em 1994, antes de Sebastien Loeb e Sebastien Ogier

Contudo, Auriol, agora radicado no Madagascar, causou um "buzz" no final da semana passada quando a federação malgaxe de automobilismo emitiu uma licença ao piloto no sentido de fazer um regresso ao WRC, embora afirma que não passa de uma aventura.

"Eu sempre disse a mim mesmo que aos sessenta anos pode bem ser que volte a tentar participar em uma ou duas boas provas. Não é um regresso. É simplesmente o tentar de uma aventura enquanto ainda o posso fazer. Principalmente num bom carro e para me divertir. Eu não espero nada, mas isso não significa que não vou fazer o melhor possível", disse Auriol numa entrevista ao L'Express de Magagascar

"Hoje chegamos a um compromisso muito bom com o novo WRC, com belos carros que têm uma grande potência. Dão uma boa imagem dos ralis ... Infelizmente, é difícil de obter um. Só quase os fabricantes é que têm acesso a estes carros. Com um custo mais baixo, a ideia, ao invés, é pegar num carro de 2016", continuou.

Sobre os ralis que pretende correr, ele afirma que não fará todos os ralis desta temporada, mas umas cinco provas, e uma delas poderá ser o Rali de Portugal. "Eu tenho mais experiência no asfalto. Pode ser mais natural retornar neste tipo de piso. Mas o mais importante, seja asfalto ou terra, é participar num rali onde me sinto bem. Não vou correr na Finlândia, por exemplo. Depois, há provas de terra que eu aprecio, como a Argentina ou Portugal", conclui.

Nascido a 18 de agosto de 1958, Auriol começou a correr em 1984, com um Renault 5 Maxi Turbo, antes de vencer em 1988 com um Sierra Cosworth. Acabou por correr até 2003, pela Skoda, alcançando vinte vitórias no WRC, entre 1988 e 2001, no Rali da Catalunha, a bordo de um Peugeot 206 WRC. O seu último rali foi em 2005, em Monte Carlo, a bordo de um 206 WRC, onde não chegou ao fim.

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