Logo, mais uma dificuldade para pilotos e máquinas.
Mas quem estava a ter um bom momento era Sérgio Pérez. Partindo da pole, parecia que estava a correr em casa, com o apoio "local" - a enorme comunidade hispânica na Florida, não só os mexicanos - mas também porque aproveitou muito bem os maus momentos de Max Verstappen e Charles Leclerc, que estão muito atrás dele, e parecia que colocava a sua "lança em África", pelo menos, no campo de quem estava a ser o melhor na luta interna na Red Bull.
Contudo, tinha a seu lado um veteraníssimo, Fernando Alonso, que repetia pela segunda vez o segundo lugar na grelha e claro, queria mostrar que estava a guiar um carro tão bom como o Ferrari e melhor que o Mercedes, por exemplo. E Carlos Sainz Jr, o terceiro, também tinha ambições no lugar mais alto do pódio.
À medida que a hora se aproximava, olhava-se para o céu para saber se a chuva iria ou não marcar presença na pista. Mas os radares indicavam que provavelmente... não.
A partida foi calma, com Pérez a afastar-se de Alonso, enquanto Max tentava chegar-se à frente o mais depressa possível, passando Leclerc e sendo sexto. Ainda mais atrás, Nyck de Bries e Logan Sargent envolviam-se numa colisão, com ambos a ficarem com as duas últimas posições, e o americano, o último posto e uma passagem pelas boxes para contabilizar os estragos.
Ao fim de 10 voltas, o neerlandês já era quarto, passando Russell e Gasly, e parecendo imparável com a sua condução, pois queria chegar aos primeiros postos o mais depressa possível, fazendo constantemente a volta mais rápida. Curiosidade: ele rodava de pneus duros...
Atrás, Charles Leclerc tinha um problema: era oitavo e não conseguia passar... o Haas de Kevin Magnussen! Bem tentava, mas o dinamarquês reagia bem e mantinha o lugar com unhas e dentes. E enquanto acontecia isso, na volta 14, Max já tinha passado Sainz Jr e era terceiro, com Alonso na sua frente. Já tinha dito que ele andava de duros, certo? Certo.
E logo depois, o neerlandês passava o asturiano e o segundo posto era dele. Agora, sabia que o mexicano... não iria ceder. Tinha de o ir buscar pelo seus próprios meios. E por esta altura, as primeiras paragens, com Russell e Leclerc os primeiros a parar. Na bolta 21, foi a vez de Checo a parar, ele que tinha médios, deixando o comando a Max. E Sainz Jr saiu das boxes com tanta pressa para chegar à pista que... excedeu a velocidade. E claro, teve alguns segundos de penalização, numa altura que tinha passado Hulkenberg e tentava desembaraçar-se de Hamilton. Quando a Alonso, apenas na bolta 24 tinha ido às boxes e Max... ainda não.
A partir deste momento, o interesse deixou de ser tanto. De facto, aconteciam lutas entre pilotos, mas com Max na frente e a aproveitar o mais que podia dos duros, parecia que iria parar apenas uma ocasião, o mais tarde que puder, para colocar médios... ou moles. E na volta 30, Alonso já era terceiro, aproveitando a ida às boxes de Gasly e a ultrapassagem ao seu compatriota madrileno, que já tinha perdido o quarto posto para o francês da Alpine. Mas suas voltas depois, Sainz Jr já voltava ao quarto lugar... para depois perder para Gasly. Parecia ser interessante!
No meio disto tudo, Leclerc era um pálido 13º, incapaz de se safar do enredo - ou inferno - do meio do pelotão.
Até lá, o que se pode afirmar é que os Mercedes, com Hamilton a conseguir uma corrida de recuperação, chegando a sexto, duas posições abaixo de Russell, que acabou em quarto. Enquanto isso, Alonso está mais uma vez no pódio, o quarto em cinco ocasiões, e consolida o seu terceiro lugar no geral.
Semana que bem, em Imola, provavelmente veremos a mesma coisa.
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