quarta-feira, 30 de maio de 2007

O piloto do dia - Bruce McLaren (2ª parte)

Para 1967, McLaren continuava a debatar-se com problemas no seu carro de Formula 1. Depois de ter terminado em quarto no Mónaco, o carro ficou destruído no GP seguinte, na Holanda. Sem hipóteses, decidiu correr as três próximas corridas a bordo de um Eagle do seu amigo Dan Gurney, substituindo Richie Ginther. Os três pontos deram-lhe o 14º posto na classificação final. Contudo, na Can-Am (competição de Sport corrida em pistas da América do Norte), o M6, com a sua cor laranja e motor Chevrolet, passou a ser uma das equipas mais bem sucedidas na competição. Com o seu compatriota Denny Hulme, ganharam cinco corridas e McLaren tornou-se campeão da categoria. Na América, o domínio era tal que a categoria foi denominada de “The Bruce and Denny Show”.

Chegados a 1968, McLaren atrai o novo campeão do Mundo, Denny Hulme, para a sua equipa. Em Spa-Francochamps, no mesmo GP onde se vê pela primeira vez um aerofólio traseiro, McLaren ganha a sua quarta e última prova da sua carreira na Formula 1. Os pódios no Canadá e no México fazem com que McLaren termine o campeonato com 22 pontos, no quinto posto. Na CanAm, é vice-campeão, atrás de Denny Hulme.

Em 1969, os McLaren tornam-se carros fiáveis e competitivos. Hulme ganha em Monza e Watkins Glen, e McLaren consegue três pódios, em Espanha, Inglaterra e Alemanha. No campeonato, termina na terceira posição, com 22 pontos. Quanto à CanAm, torna-se bi-campeão, numa temporada em que os McLaren M8B-Chevrolet eram imbatíveis, ganhando todas as 11 provas desse campeonato…

O ano de 1970 era a decima - terceira temporada de McLaren na Formula 1. Os seus carros melhoravam a cada temporada que passava. Contudo, não teve o arranque que desejava, na Africa do Sul, desistindo devido a um problema no motor. Em Jarama, terminou no segundo posto, numa prova em que apenas cinco pilotos chegaram ao fim… A 2 de Junho de 1970, uma terça-feira, McLaren testava um M8D de CanAm no circuito inglês de Goodwood, quando o capôt voou à sua frente, em plena recta. Sem controlo, o carro embateu fortemente numa torre onde se albergam os comissários de pista, tendo morte imediata. Tinha 32 anos.

A sua esplendorosa carreira na Formula 1 ficou assim: 104 Grandes Prémios, divididos em 13 temporadas, conquistando quatro vitórias, 27 pódios e três voltas mais rápidas. Conseguiu 196,5 pontos, dos quais só contaram 188,5. Foi vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1966 e bi-campeão da CanAm, em 1967 e 1969.

Depois da sua morte, a equipa foi controlada por Teddy Mayer e por Denny Hulme, que a levaram ao sucesso quatro anos mais tarde, com Emerson Fittipaldi a ganhar o título mundial de pilotos, bem como o de construtores. Em 1972, graças ao piloto americano Mark Donahue (1937-1975), ganharam as 500 Milhas de Indianápolis. Hoje em dia, existe uma fundação com o seu nome, que não só toma conta do seu museu na casa onde cresceu, em Rumeura, como também dá nome ao Bruce McLaren Scolarship, uma fundo que providencia a pilotos locais uma oportunidade para correr na Europa. Scott Dixon e Matt Haliday, pilotos neozelandeses a correr na IRL e ChampCar, respectivamente, foram financidos pela Bruce McLaren Scolarship.

No início deste ano, quando a A1GP foi a Taupo, no notre da Nova Zelândia, foi anunciado que seria feito um filme sobre a sua vida. Com um financiamento de cerca de 140 milhões de dólares, seria produzido na sua terra natal, e poderá estrear-se em fins de 2008 ou início de 2009.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tem um video do queen no bliggroo, deixa lá o email pra onde eu vou mandar o texto do maximo...e uma foto, se topar lá tem instruções.
Ron Groo
Adorei o post sobre Bruce...Valente ele.