Quinze dias depois de Imola, a Formula 1 chegava a paragens monegascas para correr a terceira prova do ano. Na Ferrari, as sequelas do acidente de Gerhard Berger ainda se faziam sentir, e decidiram não inscrever um segundo carro para Monte Carlo, deixando Nigel Mansell sozinho a defender a honra “Rossa”.
Para Ayrton Senna, que tinha ganho a prova anterior, e ganhara Alain Prost como inimigo, a prova monegasca era importante, pois queria vingar-se do erro que cometeu no ano anterior, onde embatera na zona da entrada do túnel, quando liderava com 40 segundos de avanço sobre o segundo classificado, dando de bandeja a vitória ao piloto francês.
O fim-de-semana monegasco começou na quinta-feira de manhã com as pré-qualificações. As Brabham de Martin Brundle e Stefano Modena, mais o Coloni de Pierre-Henri Raphanel e o Dallara de Alex Caffi conseguiram o passaporte para a qualificação. Curiosamente, esses quatro conseguiram também um lugar na grelha de partida da corrida… No caso da Coloni, foi inédito, pois nunca a equipa tinha colocado dois carros na grelha. E ainda por cima, no Mónaco! Para Raphanel, foi a única vez na sua carreira que participou num Grande Prémio.
No final das duas sessões de qualificação, os melhores foram os McLaren: Ayrton Senna ficou à frente de Alain Prost, com a segunda fila a pertencer ao Williams-Renault de Thierry Boutsen e ao surpreendente Brabham-Judd de Martin Brundle. Na terceira fila ficava o Ferrari de Nigel Mansell, o único a circular nas ruas monegascas, e o Arrows-Cosworth de Derek Warwick. Na quarta fila ficavam o segundo Williams-Renault de Riccardo Patrese e o segundo Brabham-Judd de Stefano Modena, e a fechar o “top ten”, os Dallara de Alex Caffi e de Andrea de Cesaris.
Por outro lado, quem não conseguiu o lugar na grelha de partida das ruas monegascas foram o Lótus de Satoru Nakajima, o Rial de Christian Danner e o Lola-Larrousse de Yannick Dalmas.
Na partida para a corrida, o motor de Derek Warwick vai-se abaixo e causa confusão na grelha, obrigando a uma segunda partida. Isso foi prejudicial para Riccardo Patrese, que viu a pressão da gasolina do seu Williams avariado, e o impediu de tomar o seu lugar, partindo da última posição. Na segunda partida, Senna foge de Prost e fica aí nas próximas 76 voltas. Atrás dos McLaren, tudo estava em jogo. Primeiro foi Boutsen com o terceiro posto, mas teve de ir á box para trocar a asa dianteira, quebrada quando tentava passar um incómodo retardatário chamado René Arnoux. Assim sendo, quem herda o terceiro lugar é Martin Brundle.
Na volta 32, o inusitado acontece: no Gancho Loews, Andrea de Cesaris, que é quarto no seu Dallara, tenta ultrapassar o Lotus de Nelson Piquet numa manobra muito optimista. Resultado: Ambos ficam enganchados no meio da pista. Alguns conseguem ultrapassar ambos os carros, mas outros atrasam-se muito. É o caso de Alain Prost, que só com essa manobra, perde 20 segundos. De Cesáris vai às boxes, e cai na classificação, enquanto que Piquet abandona ali mesmo. Assim sendo, o quarto lugar é herdado a Stefano Modena, e a Brabham tem os seus dois pilotos em excelentes posições. No entanto, é sol de pouca dura, pois Brundle tem problemas de bateria, e tem de ir à boxe para… trocá-la. Perde muito tempo, mas quando volta, faz uma corrida ao ataque e irá terminar nos pontos, na sexta posição.
No final, mesmo sem as duas primeiras marchas, que cedem a 25 voltas do final, Senna vence com um minuto de vantagem sobre Alain Prost. Stefano Modena dá à Brabham o seu primeiro pódio em dois anos (e seria o último da marca), e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Dallara de Alex Caffi (a primeira vez que pontuava na sua carreira), o Tyrrell de Michele Alboreto e o Brabham de Martin Brundle.
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1989/90, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1989.
http://en.wikipedia.org/wiki/1989_Monaco_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr471.html
Para Ayrton Senna, que tinha ganho a prova anterior, e ganhara Alain Prost como inimigo, a prova monegasca era importante, pois queria vingar-se do erro que cometeu no ano anterior, onde embatera na zona da entrada do túnel, quando liderava com 40 segundos de avanço sobre o segundo classificado, dando de bandeja a vitória ao piloto francês.
O fim-de-semana monegasco começou na quinta-feira de manhã com as pré-qualificações. As Brabham de Martin Brundle e Stefano Modena, mais o Coloni de Pierre-Henri Raphanel e o Dallara de Alex Caffi conseguiram o passaporte para a qualificação. Curiosamente, esses quatro conseguiram também um lugar na grelha de partida da corrida… No caso da Coloni, foi inédito, pois nunca a equipa tinha colocado dois carros na grelha. E ainda por cima, no Mónaco! Para Raphanel, foi a única vez na sua carreira que participou num Grande Prémio.
No final das duas sessões de qualificação, os melhores foram os McLaren: Ayrton Senna ficou à frente de Alain Prost, com a segunda fila a pertencer ao Williams-Renault de Thierry Boutsen e ao surpreendente Brabham-Judd de Martin Brundle. Na terceira fila ficava o Ferrari de Nigel Mansell, o único a circular nas ruas monegascas, e o Arrows-Cosworth de Derek Warwick. Na quarta fila ficavam o segundo Williams-Renault de Riccardo Patrese e o segundo Brabham-Judd de Stefano Modena, e a fechar o “top ten”, os Dallara de Alex Caffi e de Andrea de Cesaris.
Por outro lado, quem não conseguiu o lugar na grelha de partida das ruas monegascas foram o Lótus de Satoru Nakajima, o Rial de Christian Danner e o Lola-Larrousse de Yannick Dalmas.
Na partida para a corrida, o motor de Derek Warwick vai-se abaixo e causa confusão na grelha, obrigando a uma segunda partida. Isso foi prejudicial para Riccardo Patrese, que viu a pressão da gasolina do seu Williams avariado, e o impediu de tomar o seu lugar, partindo da última posição. Na segunda partida, Senna foge de Prost e fica aí nas próximas 76 voltas. Atrás dos McLaren, tudo estava em jogo. Primeiro foi Boutsen com o terceiro posto, mas teve de ir á box para trocar a asa dianteira, quebrada quando tentava passar um incómodo retardatário chamado René Arnoux. Assim sendo, quem herda o terceiro lugar é Martin Brundle.
Na volta 32, o inusitado acontece: no Gancho Loews, Andrea de Cesaris, que é quarto no seu Dallara, tenta ultrapassar o Lotus de Nelson Piquet numa manobra muito optimista. Resultado: Ambos ficam enganchados no meio da pista. Alguns conseguem ultrapassar ambos os carros, mas outros atrasam-se muito. É o caso de Alain Prost, que só com essa manobra, perde 20 segundos. De Cesáris vai às boxes, e cai na classificação, enquanto que Piquet abandona ali mesmo. Assim sendo, o quarto lugar é herdado a Stefano Modena, e a Brabham tem os seus dois pilotos em excelentes posições. No entanto, é sol de pouca dura, pois Brundle tem problemas de bateria, e tem de ir à boxe para… trocá-la. Perde muito tempo, mas quando volta, faz uma corrida ao ataque e irá terminar nos pontos, na sexta posição.
No final, mesmo sem as duas primeiras marchas, que cedem a 25 voltas do final, Senna vence com um minuto de vantagem sobre Alain Prost. Stefano Modena dá à Brabham o seu primeiro pódio em dois anos (e seria o último da marca), e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Dallara de Alex Caffi (a primeira vez que pontuava na sua carreira), o Tyrrell de Michele Alboreto e o Brabham de Martin Brundle.
Fontes:
Santos, Francisco – Formula 1 1989/90, Ed. Talento, Lisboa/São Paulo, 1989.
http://en.wikipedia.org/wiki/1989_Monaco_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr471.html
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