Desde que li, na quinta-feira, o post do Luiz Fernando Ramos, o Ico, sobre a actual situação da Campos Meta, a equipa espanhola que quer estrear na Formula 1 com Bruno Senna ao voltante, que muitos vem falando sobre a situação de duas das quatro estreantes no Mundial de 2010. A equipa, que está a construir chassis sob a égide da Dallara, anda desesperadamente atrás de dinheiro para completar a temporada, e até agora, este não apareceu.
Tinha lido este alerta no final do ano, através do jornalista espanhol Antonio Lobato. dizia que eles andavam desesperados pelo facto de, apesar da contratação de Bruno Senna, os apoios que esperavam tinham sido zero. Aliás, como todoas sabem no Brasil, o facto de Senna ter ficado com o numero 21 não foi coinciência, pois é esse o numero que a embratel usa no seu país. A ideia, claro era usar esse patrocinio. Mas tal não aconteceu como previam, pelo menos por agora.
Agora, claro, à medida que os dias avançam, as coisas ficaram cada vez mais pretas. E a "broma" do dia 28 de Dezembro, o "Dia de los Inocentes" em Espanha, até pode ter um fundo mais verdadeiro do que aparentava. Não no sentido de Piquet Sr. comprar uma vaga para o filho, mas que a equipa arranje outro parceiro para pagar as contas.
Candidatos são alguns. O mais improvável, na minha opinião, é o de Tony Teixeira, o luso-sul-africano que liderou a agora defunta A1GP. Pelo facto dele não ter conseguido manter uma categoria, não o vejo a conseguir manter uma equipa. Acho que a ideia da compra, se for para a frente, é de marcar presença na Formula 1 e talvez meter um dos pilotos que se mostraram na categoria por lá, como o Adam Carrol, por exemplo. Se perferirem, posso dizer que quer ser como Bernie Ecclestone nos anos 70: comprou a Brabham e a desenvolveu, numa primeira fase que deu naquilo que vemos hoje. Esta tarde surgiu outra hipótese: a do japonês Kazuki Nakajima, que depois de sair da Williams pela porta pequena, poderá trazer fortes patrocinadores consigo, como a Panasonic, e tentar uma vaga na Formula 1 em 2010. A fonte é o jornal finlandês Turun Sanomat.
Mas tudo isto, claro, está ainda no puro campo da especulação. Mas a acontecer, seria o reavivar de uma dupla que aconteceu em 1987, na Lotus, quando o tio do Bruno e o pai do Kazuki trabalharam juntos na marca de Colin Chapman, no primeiro ano da colaboração com a Honda.
Até Março, muito se vai passar, isso é certo. Mas cada vez mais vejo que a "boca" que Ecclestone mandou há umas semanas, dizendo que poderia haver duas equipas que não estariam no Bahrein, para a primeira prova do ano, pode ter muito fundamento... pode estar velho, mas não está totalmente gagá.
Caso aconteça, voltamos a aquela questão que muitos fazem desde o inicio do ano: qual foi o critério de aceitação destas escuderias? Foi mais a politica ou pelos bonitos olhos? É que tem que ser qualquer outra sem ser a competência, pois se esse tivesse sido o primeiro critério, quase de certeza teriamos a Prodrive, de David Richards e (ou) a Epsilon Euskadi, de Joan Villadelprat, na lista de inscritos para o Mundial de 2010. Como Max Mosley não os aceitou, quem perde é a Formula 1. E Bruno Senna arrisca-se a ser outro rei do azar, depois de ter sido apanhado na falência da Honda em 2008 e ser preterido por Rubens Barrichello em 2009 na Brawn GP.
1 comentário:
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Depois dizem que a contratação do primeiro-sobrinho não foi estratégia de marketing...a idéia do (faz um) 21 então, nem se fala.
Mas mesmo assim ninguém foi atraído para patrocinar a equipe.
É bom ele aproveitar e mostrar tudo o que pode já desde o início, pra conseguir vaga melhor, senão sua carreira vai ser bem curta (ou nem vai...).
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