Apenas uma semana depois do pelotão da Formula 1 ter andado por Monza, todos estavam em Spa-Francochamps, palco do GP da Belgica. Esta corrida deveria ter acontecido a 2 de Junho, mas a degradação ultra rápida da camada de asfalto fez com que a corrida fosse adiada em três meses, entre as corridas italiana e britânica, para que os organizadores pudessem colocar uma camada de asfalto que pudesse ser mais resistente.
Quinze dias antes, houve a corrida de 1000 km, prova a contar para o Mundial de Sport-Protótipos, que fora interrompida devido à colisão entre o alemão Stefan Bellof e o belga Jacky Ickx, no qual resultou na morte de Bellof, então também piloto da Tyrrell. Assim, a equipa ainda corrida com um só carro, para Martin Brundle, enquanto que na Zakspeed, equipa onde corria Jonathan Palmer, que também tivera um acidente nessa corrida, estava de volta com o alemão Christian Danner, campeão da nova Formula 3000 e que iria fazer aqui a sua estreia.
Entretanto, a RAM também iria correr com um só carro, neste caso entregue ao francês Philippe Aliiot, devido aos problemas de financiamento que já afligiam a equipa de John McDonald.
A qualificação ficou marcada pelo acidente de Niki Lauda durante a sessão de qualificação de sexta-feira. O austriaco teve problemas de acelerador, que ficou preso, e no embate, abriu o seu pulso esquerdo, impedindo-o de participar no resto do fim de semana e reduzindo a grelha para 24 carros.
Quando a grelha ficou definida, Alain Prost ficou com a "pole-position" tendo a seu lado o Lotus-Renault de Ayrton Senna. Nelson Piquet era o terceiro no seu Brabham-BMW, tendo a seu lado o Ferrari de Michele Alboerto. Na terceira fila estavam o seu companheiro, Stefan Johansson, e o Arrows-BMW de Thierry Boutsen. Nigel Mansell, no seu Williams-Honda, era o sétimo a partir, ao lado do segundo Arrows-BMW de Gerhard Berger. Na quinta fila, a fechar o "top ten" estavam o segundo Lotus-Renault de Elio de Angelis e o segundo Williams-Hoda de Keke Rosberg.
No dia da corrida, o tempo estava instável, como era apanágio da paisagem das Ardenas. Na hora anterior á partida tinha chovido, embora esta tivesse parado quando os carros largaram, mas a pista ainda estava molhada, portanto todos os pilotos colocaram pneus de chuva. Senna partiu melhor do que Piquet e Prost, mas no gancho de La Source, o brasileiro da Brabham faz um pião e Prost quase bate nele. Piquet voltou à corida no final do pelotão.
À medida que as voltas prosseguiam, o asfalto secava e aparecia uma linha seca no qual os pilotos começavam a andar. Alboreto começava a ter problemas com a sua embraigagem e desistia na terceira volta. Pouco depois, os pilotos começavam a parar nas boxes para mudar de pneus de chuva para os secos. De Angelis ficou momentaneamente na liderança, mas cedo foi superado pelo seu companheiro de equipa. Mansell era o segundo e Prost é o terceiro.
Na volta dez, Mansell despista-se em La Source, mas volta à corrida sem perder o lugar. A corrida prossegue e o tempo continua algo instável, chegando a chover momentaneamente a meio da corrida. Prost é quarto, mas consegue apanhar Rosberg para ficar com o lugar mais baixo do pódio. Apesar das dificuldades, Senna iria liderar até à meta, conseguindo a sua segunda vitória do ano, e da sua carreira.
Atrás de Senna, ficaram o Williams-Honda de Mansell, que conseguia o seu primeiro pódio do ano, e o McLaren-TAG Porsche de Prost. Com os quatro pontos alcançados, e com o seu maior rival, Alboreto, a não chegar ao fim, o francês finalmente estava a caminho do seu título mundial. nos restantes lugares pontuáveis ficaram o segundo Williams-Honda de Rosberg, o Brabham-BMW de Piquet e o Renault de Derek Warwick. Esse iria ser o último ponto da marca francesa até ao seu regresso em 2003.
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