Já todos chegaram à Coreia e começam a ver as condições do circuito. Tem a sua graça: ver de um lado Fernando Alonso a passear na sua bicicleta, enquanto que do outro se vêm os andaimes a serem desmontados e os trabalhadores a varrerem os detritos, enquanto que noutras partes dos circuito ainda se colocam os bancos das bancadas provisórias, montadas cinco dias antes. Foi tudo à pressa, mas está feito. Mais ou menos... mas está.
Mesmo que tudo corra pelo melhor, mesmo que o asfalto não se descole, vai haver sempre queixas das pessoas que lá vão. Que não há Internet sem fios, que não entendem coreano, que dormem em motéis, que tudo à volta tem ar de canteiro de obras... como diz hoje o meu amigo Mike, os jornalistas habituaram-se à "frescura" dada pelo Tio Bernie e companhia. Eu substituiria a palavra "frescura" por "preconceito". Mas digo uma coisa: eu, que não ponho os pés num circuito há algum tempo, acho uma piada saber que para alguns circuitos, pelo menos na Europa, as exigências são umas, e noutros, como o da Coreia, a exigência é diferente. Acaso iriam ver o Charlie Whitting a aprovar um autódromo europeu a dez dias da sua realização, com canteiros de obras à volta? Tenho dúvidas...
Enfim, agora está tudo pronto, que comece a corrida. E façamos figas para que tudo corra bem.
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