Quando esta manhã as pessoas viram Lewis Hamilton no lugar mais alto do pódio do GP da China, muitos certamente respiraram de alivio por verem que duas coisas aconteceram: esta temporada não vai ser um passeio para Sebastien Vettel e as Red Bull e segundo, irá haver competitividade nesta temporada, á semelhança do que aconteceu em 2010. Graças as asas móveis e os pneus da Pirelli, que se esfarelam em dois tempos...
Contudo, há outra coisa também que aconteceu nesta corrida: houve apenas uma retirada. É a resistência dos carros no seu melhor...
Se ontem tinha sido o dominio de Vettel, as coisas começaram mal para Vettel logo na largada, quando os McLaren o conseguiram suprerar. E para piorar as coisas, Nico Rosberg esteve atrás do seu compatriota, a pressioná-lo. Pudera, tinha os Ferrari a quererem o seu lugar...
A corrida do Button iria ser boa se não fosse o momento "Mastercoiso" do dia, quando ele entrou nas boxes... da Red Bull para a sua primeira troca de pneus. Foi aqui que provavelmente começou a perder o seu pódio. Contudo, nenhum deles estava a ver a corrida à campeão de Mark Webber que depois da sua má qualificação, partiu do 18º posto e ganhava lugares atrás de lugares...
Depois foram as táticas. Vettel queria e a Red Bull apostou duas paragens na boxe, os McLaren apostaram em três, pois julgavam que teriam melhores pneus para a parte final da corrida. Pois bem, Woking ganhou e Vettel não conseguiu continuar com a sua sequência de vitórias, cedendo o primeiro lugar a Lewis Hamilton. Mas aí foi mérito de Hamilton, que partiu ao ataque. Primeiro ao superar Button, depois partindo ao ataque de Vettel, que o passou... em aceleração. Quando isso aconteceu, faltavam seis voltas para o final da corrida.
Atrás, Button tentava levar a sua água ao seu moinho, mas no final não resistiu ao ataque de Mark Webber e este ficou com o lugar mais baixo do pódio, bela recompensa pela corrida de ataque que teve desde o inicio. Button ficou com a fava, é certo, mas ficou na frente do melhor Mercedes, o de Nico Rosberg. Para um chassis relativamente mau, ficar na frente dos Ferrari de Felipe Massa e Fernando Alonso é tão bom como vencer uma corrida, com o chassis que tem nas mãos... e desta vez, o brasileiro foi melhor do que o espanhol. Mas é um fraco consolo...
Para os últimos lugares pontuáveis ficaram Michael Schumacher, Vitaly Petrov e Kamui Kobayashi, que superou Paul di Resta. O veterano alemão pode ter sido superado por Rosberg e boa parte dos pilotos da frente, mas desta vez ficou na frente de Kamui Kobayashi, na sua melhor classificação do ano até agora. E quanto a Vitaly Petrov, até se está a mostrar que é um bom piloto. Mais consistência e poderemos esquecer que ele pode ser ameaçado por Bruno Senna...
No final, uma pequena nota para o seguinte: a competitividade das equipas e sua resistência. Se antes dissera que só o carro de Jaime Alguersuari não chegou ao fim devido a uma roda solta, ver catorze carros na mesma volta do vencedor mostra a competitividade no meio do pelotão, e também o fato de os carros da Lotus andarem no ritmo de uma Williams, Toro Rosso ou Force India, e a ficarem a uma volta de Hamilton. Parecendo que não, esta Team Lotus está cada vez mais no meio do pelotão e menos no final...
Agora teremos três semanas até Istambul. Parece longo demais, após duas corridas de seguida. Mas é tempo suficiente para que as equipas que se atrasaram corrigirem os defeitos e tentarem reagir quando o pelotão começar a passear por essa Europa fora.
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