Está feito: Bruno Magalhães venceu esta tarde o Rali Vinho da Madeira, que apesar de um pelotão mais pequeno com a saída do calendário do Intercontinental Rally Challenge (IRC), não deixou de ser competitivo. O piloto da Peugeot Portugal, que corre no IRC e já foi bicampeão nacional de ralis, ganhou por fim um dos ralis mais emblemáticos do calendário português e internacional.
As coisas já tinham ficado definidas no final do dia de ontem, quando Bruno Magalhães já tinha um minuto de meio de vantagem sobre a concorrência, nomeadamente do madeirense Vitor Sá. Contudo, sabendo que até ao lavar dos cestos é vindoma, ele já encarava o dia de hoje com cautelas para gerir essa vantagem para poder chegar ao fim no lugar mais alto do pódio. "O dia foi quase perfeito e tenho que agradecer à equipa o trabalho desenvolvido com o nosso 207, que ficou verdadeiramente a meu gosto. O balanço é positivo e estamos a fazer aquilo que nos compete, que é andar depressa, sem correr riscos, cientes de que há uma etapa para enfrentar amanhã [hoje], na qual iremos procurar manter o ritmo", já dizia em declarações à Autosport portuguesa.
E ao longo das oito etapas de hoje, Magalhães geriu essa vantagem, especialmente nos troços onde tinha nevoeiro e o piso estava húmido e traiçoeiro. "Correu bem, tentei não forçar muito os travões. A primeira parte deste troço [o 15º] estava com muito nevoeiro e não conhecia muito bem a estrada porque já cá não vinha há algum tempo. Agora é para gerir, vamos com seis rodas no carro mesmo por causa disso. Esta é a nossa estratégia desde manhã, não forçar e chegar ao final", referiu Magalhães no final da ronda matinal aos microfones da World Rally Radio.
E no final do dia, era um piloto satisfeito: "À quinta foi de vez", começou por dizer à emissão da Antena 3 Madeira. "Eu tinha prometido a mim mesmo e à equipa que iria ganhar o Rali Vinho Madeira, só não sabia quando, mas sabia que tinha a velocidade necessária para isso. Hoje cumpri essa promessa e é um sonho concretizado, estou muito feliz", acrescentou.
Já o segundo classificado, Vitor Sá, também no seu Peugeot 207 S2000, depois de resolver os seus problemas elétricos, e de aproveitar um despiste de Luca Rosetti, também decidiu gerir o segundo lugar, especialmente a partir do momento que se defendeu dos ataques de Luca Rosetti, que queria recuperar o lugar perdido. "Estou muito satisfeito, fizemos uma grande prova. Melhor só se fôssemos primeiros, mas a vitória está muito bem entregue", referiu o piloto insular, que renovou esta tarde o título regional.
O italiano Luca Rosetti, atual lider do campeonato europeu, teve de se consolar com o lugar mais baixo do pódio no seu Punto Abarth, apesar de ter recuperado algum do tempo perdido com o furo e a ligeira saída de estrada no dia de ontem. Mas quem fez uma boa prova de recuperação foi Miguel Nunes, que ao voltante do Mitsubishi Lancer Evo X chegou ao quarto lugar, após uma penalização de um minuto e meio. No final, ele próprio classificou a sua prestação de "fantástica", pois tinha superado o seu irmão António Nunes e o italiano Luca Betti.
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