Um ano depois do Grande Prémio da Alemanha ter sido disputado em Hockenheim, depois dos pilotos terem ameaçado boicotar Nurburgring devido aos seus problemas de segurança, o pelotão da Formula 1 estava de volta ao Nordschleife, totalmente renovado com guard-rails ao longo dos 23 quilómetros de pista. Para além disso, foram criadas áreas de escape em alguns sitios e o asfalto fora renovado noutros, fazendo do circuito um pouco menos perigoso.
No pelotão, havia algumas novidades. A BRM trazia o veterano Vic Elford para o lugar de Pedro Rodriguez, morto três semanas antes, enquanto que na Matra, não havia substituto para Jean-Pierre Beltoise, suspenso devido às suas ações no inicio do ano que levaram ao acidente mortal de Ignazio Giunti nos 1000 km de Buenos Aires. Assim sendo, a Matra iria correr em Nurburgring somente com Chris Amon. E na Ferrari, Mario Andretti estava de volta à Ferrari, depois dos seus compromissos com a USAC.
Enquanto isso, na Ecurie Bonnier, um jovem austriaco iria ter a sua chance para estrear na Formula 1 ao volante de um McLaren M7C. O seu nome era Helmut Marko e tinha dado nas vistas algumas semanas antes, quando venceu as 24 horas de Le Mans ao volante de um Porsche 917. Contudo, a sua passagem não durou muito - pois ficou sem combustivel na sua primeira volta - e zangou-se com Jo Bonnier. Assim, foi o veterano piloto sueco que pegou no carro, mas não conseguiu qualificar-se.
E enquanto Bonnier e Marko se desentendem, Jackie Stewart marcava a pole-position da corrida alemã, com o Ferrari de Jacky Ickx a seu lado e o BRM de Jo Siffert no terceiro lugar da grelha. O segundo Ferrari de Clay Regazzoni foi o quarto, seguido pelo segundo Tyrrell de Francois Cevért. Dennis Hulme, no McLaren-Cosworth conseguira o sexto lugar, na frente do March de Ronnie Peterson e do Lotus de Emerson Fittipaldi. A fechar o "top ten" estavam o Brabham de Tim Schenken e o March de Henri Pescarolo, inscrito por Frank Williams.
Na partida, Ickx conseguiu superar Stewart no arranque, mas depois, no meio da primeira volta, o escocês conseguiu passar, com Regazzoni atrás de Ickx e na frente de Hulme, Siffert, Peterson e Cevért. A meio da segunda volta, na curva Wippermann, Ickx tem um despiste e abandona de imediato, mas prejudicando a performance de Regazzoni, que tem de se desviar pela berma para evitar bater no seu companheiro de equipa. Isso fez com que Stewart conseguisse um avanço enorme e praticamente sentenciasse a corrida, pois o segundo era Siffert, que tinha passado Hulme na luta pelo terceiro lugar.
Pouco depois, Hulme era superado por Peterson e Cevért, caindo para sexto, enquanto que Regazzoni tinha voltado à pista no terceiro lugar. As coisas iriam manter-se até que na sexta volta, Siffert tem problemas e entra na boxe pelo lado errado. O resultado é que os comissários decidem desclassificá-lo, da mesma forma que três voltas antes tinham feito com o March de Mike Beuttler.
Com isso, Regazzoni fica com o segundo lugar, mas é ameaçado pelo segundo Tyrrell de Francois Cevért, que tinha se livrado de Ronnie Peterson e aproximava-se rapidamente do piloto suiço. Na 11ª volta, o francês conseguiu ultrapassá-lo e ficou com o segundo lugar, colocando-se assim a caminho da segunda dobradinha da equipa naquele campeonato.
Na bandeira de xadrez, a ordem manteve-se: Stewart foi o vencedor, com Cevért no segundo lugar e Regazzoni no terceiro posto. Nos restantes lugares pontuáveis ficavam o segundo Ferrari de Mario Andretti, o March de Ronnie Peterson e o Brabham de Tim Schenken.
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