domingo, 17 de abril de 2016

Formula 1 2016 - Ronda 3, China (Corrida)

Três boas corridas, três vitórias de Nico Rosberg, e ele é cada vez mais o líder neste campeonato de 2016. Aproveitando os azares dos outros, o piloto alemão não teve problemas em ficar com a liderança - apesar do bom arranque de Daniel Ricciardo - e viu os seus adversários terem problemas, especialmente Kimi Raikkonen, que foi tocado por Daniil Kvyat. Quanto a Lewis Hamilton, ele conseguiu recuperar apenas ao sétimo posto, e viu a diferença para o seu companheiro de equipa alargada para 36 pontos: 39 contra 75 do alemão.

E mais um detalhe desta corrida chinesa: todos os pilotos chegaram ao fim. Todos!

Depois dos eventos de ontem, as expectativas para a corrida chinesa eram interessantes. Saber que tipo de pneus eles iriam escolher para ter o melhor desempenho possível, e também ver até que ponto Lewis Hamilton iria recuperar do último posto, e quanto é que iria perder em relação ao seu companheiro de equipa, Nico Rosberg. A possibilidade de uma terceira vitória consecutiva era real, mas a Mercedes parece que este ano tem um grande defeito em termos de largadas, o que poderia beneficiar os Ferrari e o Red Bull de Daniel Ricciardo. Em suma, poderia haver algum equilíbrio à vista.

Sem chuva à vista neste domingo, a pista estava suficientemente seca para que pudesse prever uma boa corrida para toda a gente.

Na partida, Daniel Ricciardo conseguiu aproveitar a pecha dos Mercedes na largada para ser melhor do que o piloto alemão. Atrás, Kimi Raikkonen tentava levar a melhor quando sofreu um toque na primeira curva de... Sebastian Vettel. Quem beneficiou disto tudo foi Daniil Kvyat, que ficou com o terceiro posto. Raikkonen teve a asa dianteira danificada e teve de a trocar, caindo para o fundo da grelha, enquanto que Vettel caiu para o meio do pelotão e com motivos de queixa do russo (depois disse das boas ao russo no pódio).

E mais atrás, havia confusões: Lewis Hamilton tocou no Sauber de Felipe Nasr e danificou a asa dianteira, atrasando-se um pouco na sua corrida de recuperação.

Ricciardo - que tinha pneus supermacios - parecia que se afastava de Rosberg, mas por pouco tempo. Na terceira volta, o pneus traseiro esquerdo de Ricciardo rebentou e teve de ir às boxes para fazer a troca, dando a liderança para o alemão da Mercedes. Isso foi o melhor pretexto para a direção de corrida acionar o Safety Car, para limpar os destroços, e os pilotos a irem para as boxes para trocar de pneus. Nessa confusão, Vettel passou dois carros - proíbido debaixo da bandeira amarela - e depois seria absolvido por isso.

Quando foi mostrada a bandeira verde, Rosberg continuava na frente, seguido dos carros que não pararam, entre eles o McLaren de Fernando Alonso e o Manor de Pascal Wehrlein. Daniil Kvyat, o quinto, passou ambos a estava em cima de Felipe Massa, que era segundo, pois não parara nas boxes. Com o passar das voltas, os pilotos mais velozes chegaram-se à frente, com a incerteza nas posições a ser verdade. Por alturas da volta 16, Rosberg estava na frente, seguido por Kvyat e Vettel. Massa fez uma boa paragem nas boxes e regressava à pista na sexta posição.

Quando a meio da corrida, Hamilton lá chegava aos pontos, Rosberg tinha uma vantagem superior a vinte segundos sobre Kvyat, com pneus macios, enquanto que Massa era quarto, aguentando Sergio Perez e Valtteri Bottas. Com o tempo Hamilton e Ricciardo juntou-se a eles, e quando Perez e Bottas foram para as boxes, os três juntaram-se para lutar pelo quarto posto, centrando as atenções da corrida. Mesmo que por esta altura, o britânico já tinha parado nas boxes... por cinco vezes!

Ricciardo passou Massa e logo depois, o brasileiro da Williams voltou a ser assediado por Hamilton. Ambos lutaram pela quinta posição, mas ambos foram passados por Raikkonen. O inglês tentou a sua sorte, mas o brasileiro aguentou-se e ficou com o sexto lugar até à bandeira de xadrez.

No final, Rosberg venceu de novo, com quase 40 segundos de vantagem sobre Vettel e 45 sobre Kvyat. Com Lewis Hamilton no sétimo posto final, trancado atrás de Massa, os pilotos que ficaram atrás dele foram os Toro Rosso de Max Verstappen e Carlos Sainz Jr,, bem como o segundo Williams de Valtteri Bottas, na frente do Force India de Sergio Perez. No 15º posto ficou Nico Hulkenberg, mas tinha um presente para levar para casa: a volta mais rápida da corrida.

Agora, a caravana da Formula 1 vai para Sochi, onde irão correr no Dia do Trabalhador, 22 anos depois da última vez. 

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