terça-feira, 31 de julho de 2018

A situação atual da Formula E

A temporada da Formula E terminou há duas semanas, nas ruas de Nova Iorque, e só em dezembro, em paragens sauditas é que veremos em ação os novos carros, em mais uma nova temporada da competição. A temporada de 2018-19 terá mais uma nova equipa, a HWA, que na DTM alemã serve de equipa de fábrica da Mercedes, com a garantia que a Porsche poderá aparecer na temporada de 2019-20.

Primeiro que tudo, as certezas. Tudo indica que a Audi, Jaguar e a Techeetah irão manter a dupla de pilotos que encerrou a temporada passada. A equipa alemã terá Lucas di Grassi e Daniel Abt como dupla de pilotos, enquanto na Jaguar, Nelson Piquet Jr e o neozelandês Mitch Evans ficam por lá mais uma temporada e na equipa campeã do mundo de pilotos, Jean-Eric Vergne ficará a defender o título mundial ao lado de Andre Lotterer.

Quanto às incertezas, comecemos pela Venturi. Já se sabe que terá nova estrutura acionista, com a entrada de Susie Wolff, mulher de Toto Wolff, na equipa, e terá Felipe Massa como piloto. Isso faz com que haja uma segunda vaga que poderá ser disputada entre alguns dos pilotos que andam a rondar. A começar por Tom Dillmann, que correu em três provas, no lugar de Edoardo Mortara, por causa dos seus compromissos com o DTM, passando pelo próprio Mortara, e provavelmente algum dos experimentados da competição, como Stephane Sarrazin, por exemplo. E também o alemão Maro Engel pode estar nessas considerações.

A Renault vai ser subsistida pela Nissan na próxima temporada - na realidade, como fazem parte do mesmo grupo, tudo fica na mesma - e Sebastien Buemi irá manter-se na equipa. Mas não Nicolas Prost, que depois do seu pai ter "migrado" para a Formula 1, ficou um pouco orfão. Aliado a isso, a sua fraca campanha na competição fizeram com que saísse no final desta temporada. Mas ele procura por lugar, afirmando a sua experiência e veterania ao longo destes anos. Quanto ao lugar vago, nada se saber quem irá ficar com ele, mas se a Nissan tiver a oportunidade de ter Jean-Eric Vergne nos seus carros, seguramente não a vai desperdiçar.

Quem quer um piloto de primeira linha é a BMW. Depois de ter andado a aprender com a Andretti, agora vai ser a tempo inteiro, e anda a investir fundo em ter uma máquina preparada para competir com os melhores. Contudo, queriam um piloto forte para elevar a concorrência dentro da equipa, pois têm o português António Félix da Costa. Tentaram a sua sorte com Sam Bird, mas a Virgin largou a DS e vai ter os motores da Audi para a próxima temporada. E o inglês, terceiro classificado na temporada passada, quer tentar a sua sorte com estes motores porque acredita que tem uma chance para o título, algo do qual com a BMW, ainda não tem qualquer certeza, pois é tecnologia por testar.

Na Mahindra, ambos os pilotos poderão sair. Nick Heidfeld decidiu abandonar a Formula E, aos 41 anos de idade, e Felix Rosenqvist poderá não iniciar a próxima temporada porque a Chip Ganassi o quer num dos seus carros na IndyCar em 2019, e isso é incompatível com o calendário da Formula E. Assim, caso seja verdadeiro, a Mahindra - que mostrou ter um bom carro - torna-se num lugar apetecível para todos os aspirantes a correr na Formula E. E claro, candidatos não faltarão.

Falta ainda saber quem ficarão na Dragon Racing. José Maria Lopez e Jerome D'Ambrosio são dois bons pilotos, e certamente teriam lugar no mercado, mas ainda não existem certezas sobre se continuarão na Formula E. Aliás, o argentino foi chamado à Dragon depois da jornada dupla de Hong Kong, quando suíço Neel Jani saiu da equipa.

O defeso ainda está no inicio, mas são muitas as vagas por preencher, os lugares por confirmar. Nas próximas semanas e meses, ver-se-á como se comporá o pelotão da Formula E numa temporada em que teremos uma máquina nova e as corridas serão diferentes do habitual.

Sem comentários: