Duas semanas depois da Formula 1 ter corrido em Silverstone e de se ter assistido à maior carambola da história do automobilismo até então, máquinas e pilotos rumavam a Zandvoort, para ser palco do GP da Holanda. A pista fazia o seu regresso à Formula 1, depois de um ano de ausência. Durante esse tempo, tinha sido palco de profundas obras de remodelação, que implicou o reasfaltamento da pista, um melhor sistema de drenagem de águas pluviais, novas escapatórias e barreiras de proteção, melhorando bastante a segurança.
O regresso fora saudado por pilotos, que elogiaram os esforços da organização. E no dia da corrida, esperavam-se 80 mil espectadores à volta da pista, pois estava um típico dia de verão.
No pelotão da Formula 1, Jody Scheckter estava fora, por acharem que era "um perigo" para os outros pilotos, pois tinham-o culpado pela carambola que tinha acontecido no final da primeira volta da corrida britânica. A Ferrari estava ausente da prova, enquanto a Brabham não preencheu o lugar deixado vago por Andrea de Adamich após o seu acidente em Silverstone, que o deixara lesionado no tornozelo. Em contraste, na Iso-Marlboro, havia um novo piloto na equipa: o local Gijs Van Lennep.
Com 24 inscritos, Emerson Fittipaldi sofrera uma lesão na perna devido a um acidente nos treinos e apenas largaria da 16ª posição. Em contraste, o seu rival, Jackie Stewart, era segundo, atrás de Ronnie Peterson, o poleman. Francois Cevért era o terceiro, com Dennis Hulme a seu lado, no McLaren. Carlos Reutemann era o quinto, seguido pelo segundo McLaren de Peter Revson, e James Hunt, no March da equipa Hesketh. José Carlos Pace era o oitavo, no seu Surtees, e a fechar o "top ten" estavam o BRM de Jean-Pierre Beltoise e o Shadow-Ford de Jackie Oliver.
A corrida começou com Peterson na frente dos Tyrrell, seguido por Hulme, Pace e Revson. Niki Lauda atrasava-se devido a um despiste, caindo para o fundo do pelotão. Fittipaldi não aguentou as dores e acabou por abandonar na segunda volta.
As coisas estavam assim até à volta sete, quando um pneu do March do britânico Roger Williamson rebentou e ele bateu forte nos guard-rails, arrastando-se por mais de 150 metros depois do embate. A fricção causou um incêndio e um carro parou atrás para o tentar ajudar a tirá-lo das chamas. Era outro March, o privado de David Purley. Apesar de ter tentado virar o carro e apagar as chamas, os seus esforços foram inúteis e o britânico de 25 anos, visto como um dos mais promissores a chegar à Formula 1, acabaria por morrer sufocado devido aos fumos.
A corrida prosseguia com Peterson na frente, perseguido por Stewart e Cevért. As coisas andaram assim até à volta 66, quando o motor do sueco explodiu, deixando o escocês na frente, e assim foi até à meta.
Stewart tinha razões para celebrar, porque agora tinha batido o recorde do seu compatriota Jim Clark, estabelecido cinco anos e meio antes, na África do Sul. Contudo, ao chegar à meta, foi avisado dos eventos e os festejos foram contidos, em sinal de respeito. Francois Cevért foi segundo, completando a dobradinha da Tyrrell, enquanto James Hunt era terceiro, no primeiro pódio da sua carreira. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o McLaren de Peter Revson, o BRM de Jean-Pierre Beltoise e o Iso-Marlboro de Gijs Van Lennep.
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