Há um quarto de século, assistia-se ao título mais burocrático de Alain Prost, no circuito do Estoril. Mas de uma certa maneira, até seria merecido por causa dos títulos que perdeu entre 1982 e 84, antes de ganhar o seu primeiro título mundial. E se calhar, se conseguisse, antes, até teria merecido, pelos carros que teve... se estes fossem mais fiáveis.
O título burocrático é porque Prost teve o melhor carro do pelotão e não tinha concorrência à altura. Todos sabiam que ele seria campeão, depois de no ano anterior, a Williams ter dominado o campeonato, em Nigel Mansell ao volante. Na altura, Prost cumpria um ano sabático, mas Frank Williams decidira, logo no inicio desse ano, contratar o francês, devido ao acordo com a Renault. Claro, Mansell ficou fulo - tinha trabalhado com ele na Ferrari em 1990 e não resultou - e como se sabe, decidiu ir para as Américas abrilhantar a CART.
Só que o título de Prost não foi dominador como o de Mansell. Senna deu imensa luta ao longo do ano, e o francês teve alguns tropeções pelo caminho. Brasil, Hungria e Itália foram alguns desses tropeções. E Damon Hill também deu mais luta que esperava para um novato. Quando alcançou o que queria, decidiu ir embora, apesar de ter mais uma temporada de contrato com a Williams.
Que teve mais luta que esperava, era verdade. Mas naquela tarde no Estoril, quando segurava aquele cartaz, estava mais aliviado do que feliz. Agora, poderia gozar as corridas que faltavam até ao final da temporada.
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