Conta-se que durante muitos anos, Ukyo Katayama tinha a imagem do seu capotamento no inicio do GP de Portugal de 1995 como seu "cartão de visita", para mostrar os riscos da profissão de piloto. Faz agora 30 anos que ele apanhou um dos seus sustos da sua carreira na Formula 1, que durou de 1992 a 1997, em equipas como Larrousse, Tyrrell e Minardi.
Partindo de 16º posto, Katayama era um piloto bem mais experimentado que Jean-Danis Deletraz, o suíço que era tão lento que definiu a expressão "chicane móvel". Para terem uma ideia: foi último na grelha, com um tempo... 12,2 segundos mais lento que o "poleman", o escocês David Coulthard! Para alívio de todos, pilotos e espectadores, o piloto da Pacific terminou a sua corrida na volta 14... vitima de câimbras no seu braço esquerdo! Antes disso, na sétima volta, já perdia uma volta para os líderes da corrida...
(nos próximos dias, falarei dele. Afinal de contas, os 107 por cento apareceram por sua causa...)
Mas a 24 de setembro de 1995, há precisamente 30 anos, a Formula 1 corriam em terras portuguesas, mais concretamente no Autóromo do Estoril, com um campeonato quase decidido a favor de Michael Schumacher, apesar da confusão que tinha sido a corrida anterior, onde bateu - de novo - com o Williams de Damon Hill, que deu - de novo - a vitória a Johnny Herbert.
As coisas começaram na qualificação quando Coulthard, que começava a ter uma reputação de rápido, mas inconsistente, tinha conseguido a pole-position, a terceira da temporada até então, a frente de Hill e Schumacher. Pedro Lamy, que estava de volta com a Minardi, partia de 17º, na frente de Luca Badoer, não chegaria ao final, com uma quebra na caixa de velocidades na volta sete.
A corrida foi essencialmente calma para Coulthard, que estava sempre atento em relação a Hill e Schumacher. Tirando quatro voltas, onde Hill ficou na frente - tinha ido reabastecer - foi uma corrida controlada pelo escocês, que ali conseguiu a sua primeira vitória na Formula 1. Schumacher foi segundo, na frente de Damon Hill. Gerhard Berger - que tinha um capacete especial naquele fim de semana - foi quarto, na frente de Jean Alesi e Heinz-Harald Frentzen, no seu Sauber.
Para Coulthard, foi um grande dia. O escocês, então com 24 anos, era piloto de testes na Williams no inicio de 1994, tinha entrado na competição depois da morte de Ayrton Senna, tinha conseguido no ano anterior o seu primeiro pódio na Formula 1. E tinha outro feito a par de Senna: foram os únicos pilotos que tiveram Estoril como palco da sua primeira vitória na categoria máxima do automobilismo. A diferença entre ambos? Uma década.





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