Depois de uma qualificação interessante - apesar do resultado previsivel - o dia de domingo surgiu em paragens canadianas com as ameaças de chuva sobre Montreal e a ilha de Notre-Dâme, lugar do Circuit Gilles Villeneuve, num junho muito friorento naquelas paragens, ideal para que os pneus ultra-macios funcionem naquele lugar, já que o calor não fará presença naquele local.
Contudo, nas horas que antecederam a corrida, muitos queriam e até desejavam que a chuva fizesse a sua presença naquelas paragens, um pouco no espirito de quere ver o circo pegar fogo. Creio que as pessoas tendem a esquecer que, nestes tempos que correm, mesmo que Gilles Villeneuve combine uma coisa dessas com São Pedro, a FIA tem uma carta na manga chamada Safety Car, que vai fazer - em nome da segurança - com que os carros larguem atrás dele. Foi o que aconteceu na corrida anterior, no Mónaco, caso já não se lembram.
E havia outras expectativas no pelotão. Será que os Mercedes iriam dominar a seu bel-prazer ou a Ferrari e a Red Bull dariam um ar da sua graça? E quantas vezes é que o Safety Car iria sair para a pista, para que os comissários possam recolher os destroços dos carros que se espalharão em algumas das curvas do circuito?
Apesar dos pingos de chuva, as equipas decidiram manter os pneus para piso seco até ao momento da partida, com algum risco para os pilotos. Claro, para Carlos Sainz Jr, o seu problema era outro: a troca de caixa de velocidades do seu Toro Rosso fez com que fosse partir cinco lugares mais abaixo daquele que iria largar inicialmente.
A partida foi fenomenal: Sebastian Vettel fez uma partida canhão, superando os Mercedes, enquanto que na curva seguinte, Lewis Hamilton empurrou Nico Rosberg para a berma, fazendo cair para o nono posto. Outro dos beneficiários foi Max Verstappen, que era terceiro e mesmo atrás de Hamilton. Passadas as primeiras voltas da corrida, o grande problema era o de fazer aquecer os pneus ultra-macios, num asfalto demasiado frio para os fazer aquecer.
Nas voltas seguintes, Hamilton lá tentou aproximar-se de Vettel para fazer funcionar o DRS, mas não era fácil. O frio não ajudava e aquecer os pneus era mais complicado do que se pensava. Tanto que Nico Rosberg, por esta altura, não conseguia sair do nono lugar e não conseguia apanhar o Force India de Nico Hulkenberg. E continuava a falhar a travagem para curvas criticas, como a chicane antes da reta da meta.
Na volta 11, Jenson Button desiste com um problema no seu motor e o carro fica parado na berma. Isso foi mais do que suficiente para que o Safety Car Virtual entrasse em ação, e também fez com que Sebastian Vettel aproveitasse para ir às boxes e trocasse de pneus para os macios (ele estava com os ultra-macios), e ele fez isso exatamente na altura em que o SCV tinha sido retirado, na altura em que tiraram o McLaren para um canto mais escondido.
Com isso, Hamilton estava na liderança, com Vettel no quarto posto, e entre eles estavam os Red Bull de Verstappen, agora ameaçado por Ricciardo. Tanto que a equipa já tinha dito para que o deixasse passar, porque o australiano estava mais veloz do que o jovem holandês...
Com o passar das voltas, Vettel conseguiu passar os Red Bull e ficou com o segundo lugar, embora já distante de Lewis Hamilton, que tinha uma estratégia diferente em termos de paragem nas boxes. Contudo, o piloto da Ferrari aproximava-se a um ritmo de seis de´cimos de segundo por volta.
Na volta 21, Hamilton parou por fim para trocar para pneus macios - os amarelos - diferentes dos super macios que os Ferrari usavam e que mantinham a sua eficácia. Parecia que todos tinham feito esta estratégia, no sentido de levar o carro até ao fim da corrida, embora se sabia que os Ferrari estavam numa estratégia diferente, no sentido de pressionar na parte final da corrida.
Entretanto, por volta da volta 27, a ação estava na luta pelo quarto posto, entre Kimi Raikkonen, Daniel Ricciardo e Valtteri Bottas, com o finlandês da Ferrari a dizer que "não poderia ir calmamente quando tenho estes gajos atrás de mim". De facto, Kimi tinha razão, porque com eles, não poderia distrair-se... e na volta 32, Nico Rosberg tinha-se juntado a eles. Duas voltas depois, o finlandês vai para as boxes, caindo para o oitavo posto.
Na volta 38, Vettel parou uma segunda vez, dando de novo a liderança para Hamilton, que iria tentar levar o carro até ao fim, enquanto que a Ferrari iria seguir a sua própria estratégia. Na mesma altura, Felipe Massa obtinha o seu primeiro abandono do ano, com problemas no seu Williams.
Com o passar das voltas, o alemão tentou apanhar o inglês, mas a diferença estabilizou-se nos 4,4 segundos, na mesma altura em que Nico Rosberg teve um furo lento e teve de ir às boxes, perdendo o quinto posto. Mudando para os ultra-macios, apanhou Ricciardo e foi atrás de Raikkonen, que o passou na entrada da volta 58.
Contudo, por esta altura, Vettel exagerou na travagem para a chicane final e perdeu mais de um segundo para Hamilton, e provavelmente foi o momento da corrida, pois assim o piloto da Mercedes ficava mais tranquilo na liderança, e ia a caminho da vitória na corrida. A distância ficara estabilizada nos 5,8 segundos, e Vettel não conseguia baixar muito. Pior: alargou-se para 6,9 segundos, a dez voltas do fim.
No final, Nico Rosberg tentou passar Max Verstappen, mas na travagem para a última chicane, perdeu a traseira do seu carro e fez uma derrapagem controlada. Manteve o quinto posto, mas perdeu mais pontos para um Lewis Hamilton que cruzava a meta como o grande vencedor do GP canadiano, na frente de Sebastian Vettel e Valtteri Bottas.
Com isto, Hamilton conseguiu tirar 15 pontos a Rosberg e aproximou-se rapidamente de uma liderança que parecia ser sólida para o piloto alemão, mostrando que está no seu melhor momento de forma nesta temporada. Vettel pode repetir o seu melhor resultado do ano, mas ficava a frustração pelo facto da estratégia da Ferrari não ter sido a melhor, principalmente depois da fantástica largada. E claro, Bottas teve um tranquilo terceiro lugar numa corrida sem grande história, mas onde tudo trabalhou bem no seu carro.
Agora, a Formula 1 corre para as margens do Mar Cáspio para mais uma estreia no campeonato do mundo, um circuito urbano na antiga União Soviética. Domingo que vêm, há mais.
Na volta 21, Hamilton parou por fim para trocar para pneus macios - os amarelos - diferentes dos super macios que os Ferrari usavam e que mantinham a sua eficácia. Parecia que todos tinham feito esta estratégia, no sentido de levar o carro até ao fim da corrida, embora se sabia que os Ferrari estavam numa estratégia diferente, no sentido de pressionar na parte final da corrida.
Entretanto, por volta da volta 27, a ação estava na luta pelo quarto posto, entre Kimi Raikkonen, Daniel Ricciardo e Valtteri Bottas, com o finlandês da Ferrari a dizer que "não poderia ir calmamente quando tenho estes gajos atrás de mim". De facto, Kimi tinha razão, porque com eles, não poderia distrair-se... e na volta 32, Nico Rosberg tinha-se juntado a eles. Duas voltas depois, o finlandês vai para as boxes, caindo para o oitavo posto.
Na volta 38, Vettel parou uma segunda vez, dando de novo a liderança para Hamilton, que iria tentar levar o carro até ao fim, enquanto que a Ferrari iria seguir a sua própria estratégia. Na mesma altura, Felipe Massa obtinha o seu primeiro abandono do ano, com problemas no seu Williams.
Com o passar das voltas, o alemão tentou apanhar o inglês, mas a diferença estabilizou-se nos 4,4 segundos, na mesma altura em que Nico Rosberg teve um furo lento e teve de ir às boxes, perdendo o quinto posto. Mudando para os ultra-macios, apanhou Ricciardo e foi atrás de Raikkonen, que o passou na entrada da volta 58.
Contudo, por esta altura, Vettel exagerou na travagem para a chicane final e perdeu mais de um segundo para Hamilton, e provavelmente foi o momento da corrida, pois assim o piloto da Mercedes ficava mais tranquilo na liderança, e ia a caminho da vitória na corrida. A distância ficara estabilizada nos 5,8 segundos, e Vettel não conseguia baixar muito. Pior: alargou-se para 6,9 segundos, a dez voltas do fim.
No final, Nico Rosberg tentou passar Max Verstappen, mas na travagem para a última chicane, perdeu a traseira do seu carro e fez uma derrapagem controlada. Manteve o quinto posto, mas perdeu mais pontos para um Lewis Hamilton que cruzava a meta como o grande vencedor do GP canadiano, na frente de Sebastian Vettel e Valtteri Bottas.
Com isto, Hamilton conseguiu tirar 15 pontos a Rosberg e aproximou-se rapidamente de uma liderança que parecia ser sólida para o piloto alemão, mostrando que está no seu melhor momento de forma nesta temporada. Vettel pode repetir o seu melhor resultado do ano, mas ficava a frustração pelo facto da estratégia da Ferrari não ter sido a melhor, principalmente depois da fantástica largada. E claro, Bottas teve um tranquilo terceiro lugar numa corrida sem grande história, mas onde tudo trabalhou bem no seu carro.
Agora, a Formula 1 corre para as margens do Mar Cáspio para mais uma estreia no campeonato do mundo, um circuito urbano na antiga União Soviética. Domingo que vêm, há mais.
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