É verdade que ter duas corridas em dois fins de semana seguidos é muito puxado para todos os que andam a acompanhar o pelotão da formula 1, e os únicos que gostam disto são os fãs, mas como falamos de Suzuka, deve haver um esforço maior por parte deles, porque o Japão parece ser um paraíso para muita gente. Ali, os japoneses seguem com respeito e admiração todos os que andam por ali, e em muitos aspectos, os pilotos podem andar a passear sem que ninguém os incomode.
E Suzuka, que uma geração depois de ter sido inaugurada no calendário da Formula 1, virou um clássico, continua a ser uma pista desafiante, do qual não se precisa de mudar nada, por ser exatamente isso: pelo desafio que acarreta. E ainda mais, num fim de semana onde se ameaçava chuva de todos os lados. Contudo, nem ontem, nem hoje tal coisa aconteceu, apesar das nuvens carregadas no céu, e das vigilâncias no radar. Mas à medida que a hora da corrida chegava, era mais do que óbvio que por ali, a corrida seria toda feita com slicks, e sem Safety Cars na pista.
Antes da corrida, houve uma alteração na ordem da grelha: Jenson Button iria largar do último posto, porque mudou componentes no seu carro. A mesma coisa aconteceu a Kimi Raikkonen, que trocou de caixa de velocidades.
A partida teve sortes diferentes para Rosberg e Hamilton. O alemão largou bem, mas para o inglês, foi um desastre, caindo para o oitavo posto, por causa de uma má largada. Outro dos beneficado foi Max Verstappen, que passou para o segundo lugar, conm Sérgio Perez a seguir, passando de oitavo para terceiro. E o inglês tinha Kimi Raikkonen na sua frente. A fechar os pontos, logo atrás do piloto numero 44, estavam os Haas de Romaing Grosjean e Esteban Gutierrez.
Vettel era outro dos beneficiados, com o alemão da Ferrari a subir para o terceiro posto, no inicio da terceira volta. E na volta sete, Hamilton conseguiu passar Hulkenberg para ser sétimo, mas já a mais de dez segundos do pódio. A partir daqui, apesar dos carros estarem próximos entre si, não havia brigas por posição. Contudo, na décima volta, os Red Bull vão às boxes, primeiro Verstappen, depois Ricciardo, e ambos colocando pneumáticos duros. O holandês caiu para sétimo, e o australiano outras sete posições.
A partir daqui, os pilotos começaram a trocar de pneus, de moles para duros, pois estes eram eficazes na baixa temperatura do asfalto em Suzuka. Hamilton parou na volta 14, e por esta altura, os Williams não tinham parado, e estavam nos lugares da frente. Mas depois, sofreram com o regresso do pelotão da frente, com os pilotos como Vettel, Ricciardo e Hamilton a passá-los. E com isso tudo, Hamilton chegou facilmente ao quarto posto, atrás de Vettel, com Raikkonen e os Force India atrás deles, e mostrando que os duros eram mais eficazes do que os moles.
As coisas voltaram a acalmar-se no pelotão, com os Williams a parar apenas na volta 24 (com Massa) e 27 (com Bottas), mostrando que iria parar apenas por uma vez, trocando para os pneus duros. Pode ser que no final, ganhem posições, mas os carros de Grove passaram um pouco de vergonha ao serem passados por metade do pelotão...
Mas é também nessa altura que param os pilotos da frente. Raikkonen vai às boxes na volta 27, Verstappen na 29, quase fazendo a mesma coisa que fizeram com os pneus moles. Rosberg para na volta 30, e cedia a liderança para Vettel, com Hamilton no segundo posto. Ricciardo parou na volta 33, para ter médios no seu carro. Hamilton parou na volta a seguir, e Vettel na volta 35, com pneus moles, saindo em quarto, para atacar o inglês da Mercedes.
Contudo, em três voltas, o alemão da Ferrari não conseguiu apanhar o inglês da Mercedes e começava a ficar para trás, mas o que não se sabia na altura é que ambos apanhavam o holandês da Red Bull, com Hamilton a chegar-se a ele ao ritmo de um segundo por volta! E foi a partir dali que as atenções passaram para a luta pelo segundo posto. Hamilton lá se aproximou do holandês, até que na penultima volta, ele atacou na travagem para a chicane, com Max a defender no sentido em que Hamilton saiu pela escapatória e perdeu a chance de ficar com o segundo posto.
E foi assim que Nico Rosberg voltou a vencer, com um Red Bull a interferir entre os Mercedes, abrindo a vantagem para 33 pontos, já mais do que suficiente para resolver o título em Interlagos. A estratégia de Vettel não deu resultado, mas os Ferrari ficaram na frente do segundo Red Bull de Daniel Ricciardo. Nona vitória do piloto alemão, e a quatro corridas do fim, parece ter tudo controlado...
1 comentário:
1º Nico Rosberg com 313 pontos e 2º Lewis Hamilton com 280 pontos. Com 33 pontos de vantagem, Rosberg pode ser campeão do mundo pela primeira vez se chegar em 2º lugar (18 pontos) nas quatro provas restantes, porque totalizaria 385 pontos e se Hamilton vencer (25 pontos) as últimas quatro provas da temporada, alcançaria 380 pontos. Ou se o piloto da Mercedes #6 for 2º em três provas e um 3º lugar (15 pontos) totalizaria 382 pontos e também continuaria sendo campeão de 2016.
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