Há precisamente vinte anos, em Suzuka, Damon Hill fazia história. Não era só o primeiro filho de campeão a ser campeão, abrindo a porta às dinastias na Formula 1 (apesar de não ser muito virgem, pois os Ascari tinham começado primeiro) e causando emoção entre os ingleses, devido as circunstancias e a evocação do seu pai, Graham Hill.
Damon lutou para chegar até à Formula 1 e quando aconteceu, foi muito tarde na sua carreira. Aos 32 anos, muitos pensariam no final da sua carreira do que no seu começo, mas a Williams deu-lhe uma chance para ser titular em 1993, depois de ser um dos últimos pilotos a guiar um Brabham, no ano anterior.
Nunca foi um piloto brilhante, mas teve duas chances para conseguir o título. A primeira acabou em Adelaide, em 1994, da maneira como todos conhecemos. E na segunda vez, ele aproveitou muito bem, contra outro filho de um mito automobilístico: o canadiano Jacques Villeneuve, filho de Gilles Villeneuve, e que no ano anterior, tinha vencido as 500 Milhas de Indianápolis e o campeonato CART.
O que aconteceu a seguir foi algo fora do vulgar, especialmente a sua mudança para a Arrows, onde penou, e duas temporadas mais interessantes na Jordan, terminando em 1999, com quase 40 anos, e uma vitória épica em Spa-Francochamps, à chuva, com uma derrota de partir o coração em Hungaroring a favor do seu ex-companheiro de equipa, Jacques Villeneuve.
Vinte anos depois, quando escreveu a sua autobiografia, explicou muitas das suas decisões graças á sua ansiedade e consequente depressão, algo que batalhou ao longo da sua vida, especialmente por causa do peso de ser quem é e do nome que carregava.
Damon julgava que o peso da herança dos Hill acabaria no momento em que subiria ao pódio como campeão, mas tal não aconteceu, bem pelo contrário. Uma dessas ansiedades era o medo de morrer em pista, que sempre o perseguiu ao longo da sua carreira, especialmente após os eventos de Imola, em 1994. Hoje em dia, afirma que está mais em paz com ele mesmo e está a disfutar de aquilo que aconteceu ao longo da sua carreira. Talvez agora veja aquilo que fez há precisamente vinte anos.
3 comentários:
Em 2016, Nico Rosberg pode entrar para a história e repetir o feito de seu pai Keke Rosberg (campeão de F-1 em 1982).
Apesar de não ter sido brilhante, foi um dos melhores test drivers da f1 em sua época, pois participou ativamente - primeiro como piloto de teste,depois como piloto titular - das campanhas vitoriosas da Williams na década de 90. Até mesmo os últimos títulos de pilotos e de construtores em 97, têm "alguns dedos" dele, pois o carro era a evolução natural do FW18. Depois de sua saída, a Williams nunca mais conseguiu um piloto (com exceção de Barrichello) que soubesse desenvolver tão bem seus carros. Sr. Frank Williams e Patrick Head certamente se arrependeram em não pagar o valor pedido....
Essa foi a última prova que a McLaren estampou a marca "Marlboro" em suas carenagens como patrocinador principal. A parceria durou 23 anos.
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