Que a Williams anda em maus lençóis este ano, toda a gente já tem uma ideia disso. O ultimo lugar parece ser o destino, depois de um atraso na estreia do novo carro, o FW42, e de provavelmente existirem problemas no "downforce" desse carro. Acresce a isso problemas internos com Paddy Lowe e Claire Williams, e parece que Robert Kubica e George Russel arriscam a passar um mau bocado em 2019.
Contudo, como se costuma dizer que "um mal nunca vem só", poderá haver mais. Segundo conta esta terça-feira o site Motorsport Itália, a Comissão Técnica da FIA considerou ilegais os espelhos retrovisores e o sistema de suspensão dianteira do FW42, e exige que a equipa faça as modificações adequadas até o GP da Austrália, dentro de duas semanas e meia.
As equipas rivais reclamaram dos espelhos - bem radicais, quando os apresentaram na primeira semana - e disseram logo à FIA que esses espelhos estariam sendo usados para a obtenção de ganhos aerodinâmicos. A peça era dividida em três, mas só o do meio funcionava na prática. A equipa resolveu trocá-los na segunda semana para um conjunto mais condizente aos regulamentos, mas houve mais, quando se descobriu que o sistema de suspensão dianteira estaria a ser servindo como um elemento aerodinâmico, direcionando o ar diretamente para as aletas nas laterais do carro vulgo "bargerboards".
Resultado final: essa parte terá de ser modificada para que fique de acordo com os regulamentos, e antes de correrem em Melbourne.
Contudo, Paddy Lowe está esperançado com o carro, especialmente depois daquilo que Robert Kubica disse acerca dele, pois o polaco afirmou ser "um passo adiante".
"Robert, em particular, tem muita experiência com o carro do ano passado, em comparação com George, que só teve uma breve corrida e Robert dirigiu muito o carro antigo [Barcelona] no ano passado", começou por dizer Lowe.
“Ele teve alguns comentários muito encorajadores sobre as qualidades do carro. Sente que demos um grande passo à frente em termos de plataforma, com um carro que é muito mais guiável e um carro com o qual você pode trabalhar do ponto de vista da direção."
“Você pode controlar sua gestão de pneus e controlar o equilíbrio e o ritmo que definitivamente não era algo que poderíamos dar ao carro do ano passado. Isso é muito encorajador. Ele não fala sobre velocidade, mas fala sobre uma plataforma e, como foi um dos nossos principais objetivos durante o inverno projetar e implementar um processo dentro de nossa engenharia que tornaria os carros com melhores propriedades e depois entregaria melhor propriedades", continuou.
"Esse é um bom passo para nós e uma base melhor para avançar para a próxima etapa", concluiu.
Mas todas estas declarações parecem contrariar o que se fala nos bastidores sobre o FW42. Segundo conta o blog "The Judge13", Kubica anda nos bastidores a falar muito mal do carro, culpando os atrasos na construção do carro e afirmando que seria impossivel recuperar tempo em algum lado. E Claire Williams respondeu, de forma irónica, que Kubica poderia ser o seu diretor técnico.
Resta saber se haverá tempo para fazer as modificações pedidas pela FIA e elas não prejudiquem a performance do carro para a tmeporada que aí vêm, que poderá ser dificil para a equipa de Grove.
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