sábado, 8 de outubro de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 18, Suzuka (Qualificação)


Chegamos ao segundo "match point" do campeonato de 2022, e de novo num lugar onde a Formula 1 não aparece desde 2019. Em Suzuka, um lugar mítico, por causa das decisões no campeonato - a última dos quais foi em 2011, curiosamente com um Red Bull, o de Sebastian Vettel, no meio do domínio dos energéticos. Agora, novamente com os carros de Milton Keynes na frente da concorrência, e no lugar dos motores Honda, as decisões até poderiam acabar no dia seguinte. Mas primeiro, havia uma grelha para desenhar e definir.  

Ao contrário de ontem - e provavelmente amanhã - a qualificação iria ser em seco. Antes disso, houve os anúncios de definição da grelha. Charles Leclrc ia para a Alpine, para fazer a primeira dupla cem por cento francesa desde 1982, nos tempos da Renault, enquanto Nyck de Vries será piloto da Alpha Tauri, no final da temporada, no lugar de Gasly, e correndo ao lado de Yuki Tsunoda. De uma certa forma, o caminho dos pilotos vindos dos Junior Team, por este ano, está fechado.

Tempo ameno de outono, o asfalto a 26ºC, e asfalto seco. O primeiro a acelerar na pista quando abriu a luz verde foi o local Tsunoda, seguido do seu companheiro de equipa, Pierre Gasly. E claro, o japonês marcou o seu primeiro tempo: 1.31,631. Contudo, só na parte final da Q1 é que o resto da concorrência é que começou a ir para a pista. Primeiro, foi Verstappen que conseguiu 1.30,224, ainda antes de Leclerc entrar na pista e fazer os seus tempos. Lá marcou, mas pouco depois, os Alpha Tauri, primeiro Gasly, depois Tsunoda, queixaram-se de problemas de travões.

No final, Tsunoda safou-se, mas Gasly não, ficando-se por ali. Acabou por fazer companhia a Alex Albon, o Haas de Kevin Magnussen, o Aston Martin de Lance Stroll e o outro Williams de Nicholas Latifi, que foram os outros eliminados.

Poucos minutos depois, era a altura da Q2, mais 15 minutos de tempos onde os 10 melhores passariam para a fase final. O primeiro a sair foi Sainz Jr, no seu Ferrari, e marcou 1.30,444, para Max marcar a seguir 1.30,346, e ficar no topo da tabela de tempos. Em cinco minutos, todos os carros estavam a marcar uma posição. Depois, recolheram-se às boxes.

A três minutos e meio do final, tempo para marcar uma volta, eles regressaram e foi agitado. O primeiro foi Sebastian Vettel, seguido do resto do pelotão, e no final, quem ficou com a "fava" foi Daniel Ricciardo, que levou a pior sobre George Russell, que também estava aflito para marcar um tempo para seguir em frente. Os outros eliminados foram os Alfa Romeo de Bottas e Zhou, o Haas de Mick Schumacher e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda, para desgosto dos locais.


A Q3 começou com os Red Bull e serem os primeiros em pista, seguido pelos Ferrari e o Alpine de Esteban Ocon. E logo ali, Max marcou 1.29,304, ficando com o melhor tempo. Mas logo a seguir, ele cruzou-se com o McLaren de Lando Norris e a manobra fez sair o britânico fora da pista. Por causa disso, foi avisado que iria ser investigado no final da qualificação. Mas não deu em nada. 

Na altura, Max era mais rápido que Leclerc em 253 centésimos.

A parte final mostrou a concorrência a melhorar, mas Max ficou na pole de pedra e cal. Sainz Jr e Pérez ficaram na segunda fila, uma divisão entre Red Bull e Ferrari. Ocon foi o quinto, na frente de Hamilton. 

No final, foram 10 milésimos que separaram Max de Leclerc, e 57 milésimos entre o neerlandês sobre Sainz Jr. Todos muito juntinhos, mostrando que, para além das diferenças milimétricas, manter-se no topo é uma tarefa hercúlea. E se calhar, é mais do piloto do que do carro.


Agora a seguir, temos dia de corrida. E tudo indica que não será em seco... se fosse, o neerlandês teria as duas mãos na taça. 

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