A temporada de 1978 mostrava-se equilibrada, entre a Lotus e a Ferrari, com a Tyrrell de Patrick Depailler à espreita na disputa pela liderança do campeonato. Contudo, todos sabiam que a equipa de Colin Chapman não tinha estreado os novos Lotus 79, onde se prometia levar o conceito de efeito-solo ainda mais longe. E não seria no Mónaco que esses carros estariam prontos, pois esse não era o circuito ideal para eles.
Nesse Grande Prémio, algumas alterações teriam lugar no pelotão da Formula 1. Na Ensign, Lamberto Leoni foi despedido, e em troca, ganhou o consagrado Jacky Ickx, mas mesmo o seu talento pouco podia fazer para melhorar a performance dos seus carros. Contudo, num circuito difícil como este, cumpriu a sua missão, ao conseguir qualificar o carro. Entretanto, a Martini voltara, com René Arnoux ao volante. Tentar fazer melhor do que em Kyalami era o objectivo, mas num circuito onde os qualificados eram reduzidos a 20, o esforço foi inglório.
Para além de Arnoux, os não qualificados foram os seguintes: os ATS de Jochen Mass e de Jean-Pierre Jarier, o Shadow de Clay Regazzoni, o Hesketh de Derek Daly, o Merzario de Arturo Merzario, o Lotus privado de Hector Rebaque, o Theodore de Keke Rosberg, o Surtees de Vittorio Brambilla e o McLaren privado de Brett Lunger.
Quanto aos vinte eleitos, o melhor deles todos foi o Ferrari de Carlos Reutmann, seguido pelo Brabham de John Watson. Na segunda fila, o outro Brabham, de Niki Lauda e o Lotus de Mario Andretti, e na terceira, o Tyrrell de Patrick Depailler fica ao lado do McLaren de James Hunt. Gilles Villeneuve era oitavo, e a fechar o "top ten" estava o Wolf de Jody Scheckter e o Williams de Alan Jones. Emerson Fittipaldi era o 20º e último qualificado, no seu carro.
A corrida começa com Carlos Reutmann a fazer um mau arranque, sendo surpreendido pelo Brabham de John Watson e pelo Tyrrell de Parick Depailler. Entretanto, James Hunt bate em Saint Devote, e toca em Reutmann, fazendo com que ambos fossem para as boxes para reparos, atrasando-se na classificação.
Pouco tempo depois, Watson, Depailler e Lauda afastam-se do resto do pelotão, comandado por Mario Andretti, no seu Lotus. Na volta 13, Villeneuve salta de sétimo para quinto, passando o Williams de Alan Jones e o outro Lotus, de Ronnie Peterson. Até à volta 38, as coisas andavam assim, até que o Brabham de Watson falha a travagem à saída do túnel, deixando a liderança nas mãos de Depailler.
Pela segunda vez este ano, o francês estava no comando da corrida, e desta vez, não pretendia perdê-lo. Atrás dele tinha Lauda, mas à volta 42, o austríaco teve que ir às boxes, devido a um furo, deixando o segundo lugar nas mãos de Watson, seguido por Andretti e Scheckter. Lauda voltou atrás de Villeneuve, no sexto posto, mas pouco tempo depois, o americano teve que ir às boxes, devido a uma fuga de combustível, caindo na classificação.
Algumas voltas mais tarde, na volta 56, Ronnie Peterson abandona, com a caixa de velocidades avariada. Entretanto, Lauda carregava Villeneuve, disputando o quarto posto, tentando fazer com que o canadiano cometesse um erro. Este não o fez, até à volta 63, quando este teve um acidente à saída do túnel. Ao contrário do que se possa pensar, o acidente foi causado por uma quebra no carro e não o erro do piloto. Pouco tempo depois, Watson voltou a sair de pista, e perdeu dois lugares a favor de Lauda e Scheckter.
No final das 78 voltas, Patrick Depailler conseguiu aquilo que sempre sonhara: uma vitória em Grandes Prémios. À 69ª participação, o simpático piloto francês, então com 33 anos, dava à Tyrrell a primeira vitória em quase duas temporadas. Para além disso, conseguia também o comando do campeonato do mundo, com 23 pontos, seguido de Reutmann e Andretti, com 18. Para além de Lauda e de Scheckter, que dava os primeiros pontos do ano à Wolf, pontuaram ainda John Watson, o Tyrrell de Didier Pironi e o Arrows de Riccardo Patrese, um ano depois da sua estreia na Formula 1.
Emerson Fittipaldi conseguira levar o seu Copersucar ao fim, na nona posição. Logo a seguir, classificava-se Jean-Pierre Jabouille. Era a primeira vez na história da Formula 1 que um carro com motor Turbo chegava ao fim.
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