quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Noticias: Montezemolo não quer um GP em Roma

Desde há algumas semanas que se fala de um segundo Grande Prémio em solo italiano, poucos anos depois de ter caído o circuito de Imola, palco do GP de San Marino entre 1981 e 2006. O circuito seria em pleno centro de Roma, a captial italiana, e o promotor dessa ideia é Maurizio Flammini, promotor das Superbikes, que até já se terá encontrado com Bernie Ecclestone para discutir essa possibilidade, que estaria pronto a partir de 2011.

Só que a ideia é pouco viável. A antiga capital do Império Romano, com mais de 2500 anos de existência, cheia de ruinas e famosa pelo seu trânsito caótico, não iria suportar a ideia de ter parte da sua cidade fechada durante alguns dias, para ter bólides a circular no centro da cidade. Para piorar as coisas, a ideia foi acolhida com desaprovação pelo presidente da Ferrari, Luca de Montezemolo.

Um acérrimo opositor dos traçados citadinos, Montezemolo veio já criticar a ideia, dizendo que "um novo GP em Itália é absolutamente impensável uma vez que já temos muitos circuitos sem uso", afirmou. Um desses circuitos "sem uso" é o de Vallelunga, situado não muito longe da capital...

Entretanto, circularam rumores de que esse GP em Roma seria usado como substituto da mítica Monza, situado nos arredores de Milão, e já com 87 anos de idade. Enrico Gelpi, o presidente do Clube automóvel Italiano. já explicou que Monza não está em risco: "Li muitas reacções preocupadas, pelo que gostaria de dizer que o GP de Itália ficará em Monza, que continua a ser património não apenas no país, mas também do automobilismo mundial", disse ao jornal italiano Gazzetta dello Sport. Gelpi fez questão de salientar que o projecto de Flammini "não deveria interferir com a corrida de Monza".

Francamente, essa recente dos circuitos urbanos deveria acabar. O unico que deveria existir no calendário era a do Mónaco. Por muito bons e muito populares que sejam, circuitos urbanos em países de sitios onde hajam autódromos bem construidos e bem feitos, seria considerado como um insulto à nossa inteligência. Para quê precisamos de Singapura, por exemplo?! Só porque é de noite? E Valencia só vale pela paisagem, vamos ser francos...

7 comentários:

Ron Groo disse...

Eu até acharia legal, mas assim como Valencia só seria valido pela paisagem. E claro, desde que não mexessem com a corrida de Monza, que é sagrada.

Diego Maulana disse...

Eu concordo com você Speeder. Apenas Mônaco deveria continuar no calendario com circuito urbano. A idéia de se colocar circuitos como Valência, Cingapura e qualquer outro que vier é muito ruim, já que produzem corridas chatas e sem emoção. Existem diversos circuitos que podem ser utilizados na Europa, Ásia e América.

Willian Freitas disse...

Chega de circuitos urbanos. São bonitos, com visuais sensacionais, mas, produzem corridas chatas e que chegam a dar sono.
Monza não pode sair. Nunca.

Fábio Andrade disse...

Não é porque torço pela Ferrari, mas concordo com o Luca. A Itália tem muitíssimos autódromos ignorados pela F-1. Não faz sentido levar a categoria para a rua, tendo, por exemplo, o circuito de Ímola esquecido.

Aliás, vc tem notícias do autódromo Enzo & Dino Ferrari, Speeder? Soube que estava passando por reformas, mas até agora não sei se elas foram úteis.

Speeder76 disse...

Fábio:

Imola já fez as suas obras de restauro, e acolheu no ano passado uma ronda do WTCC. Mas pelo aspecto da remodelação (que eliminou a Variante Bassa), não gostei muito. E acho que os pilotos também não gostaram, tanto mais que não voltou ao calendário...

Luís disse...

Concordo com tua posição, mas poderiam voltar com Adelaide!

Anónimo disse...

Tem muitas pistas tradicionais que são excluidas apenas pelo fato de não gerarem os lucros adequados para a atualidade. Existem vários circuitos que poderiam receber a Formula 1 novamente mas são preteridos à favor dos novos e luxuosos autodromos orientais. Agora, que isto só serve para encher o bolso de uma meia dúzia de empresários ninguem dúvida. Já está na hora de acabar com tanto luxo e valorizar mais quem faz a F1, os times, os circuitos tradicionais e as praças onde sempre pagaram para se assistir a categoria desde os primórdios da F1. Gastem dinheiro para dar continuidade aos tradicionais circuitos e aos que ainda não entraram para o circo, como os bons Valellunga e o Ricardo Tormo. Mônaco por sí só já está de bom tamanho, não precisamos nem de Roma, nem de Valência e muito menos da noturna Cingapura, a F1 é um circo, mas nem por isso precisamos de tanta palhaçada e desperdicios.