sábado, 4 de setembro de 2010

GP Memória - Itália 1960

Três semanas depois do GP de Portugal, Jack Brabham tinha o título mundial nas mãos, logo, as duas provas finais, a de Monza e de Riverside, nos Estados Unidos, não serviam mais do que cumprir calendário. Assim sendo, quando a organização do GP italiano decidiu apresentar a versão de Monza que incluia o circuito normal e a oval, no total de dez quilómetros, a Cooper, BRM e a Lotus decidiram não participar, alegando as más condições de segurança.

Com este anuncio, praticamente a corrida seria um passeio para a Ferrari, que não se fez rogada, inscrevendo quatro carros para os americanos Phil Hill e Richie Ginther, o belga Willy Mairesse e o alemão Wolfgang Von Trips, este último num modelo de Formula 2. Todos os carros eram modelos 246 de motor à frente, absolutamente obsoletos em relação aos Cooper e Lotus de motor atrás. Mas não seriam só os Ferrari a correrem em Monza. A Porsche inscrevia dois carros para Hans Hermann e Edgar Barth, enquanto que havia quatro Coopers: dois da Scuderia Centro Sud, para Alfonso Thiele e Guido Scarlatti, e outros dois carros da Scuderia Castelloti, com motores Castelotti para os italianos Guido Cabianca e Gino Munaron.

Havia também inscrições privadas. Um Behra-Porsche, corrido pelo americano Fred Gamble, um Maserati 250F inscrito pelo britânico Horace Gould, um JBW-Maserati para Brian Naylor, e quatro Cooper-Climax privados para o alemão Wolfgang Seidel, para o italiano Piero Drogo e para os britânicos Vic Wilson e Arthur Owen. Ao todo estavam dezasseis carros, do qual Horace Gould não participou na partida, devido a problemas mecânicos.

Nos treinos, os Ferrari dominaram: Hill, Ginther e Mairesse ficaram com a primeira linha da grelha, seguido do Cooper-Castelotti de Cabianca e o Cooper-Maserati de Scarlatti, enquanto que na terceira fila ficaram o Ferrari de Von Trips, o JBW de Naylor, e o segundo Cooper-Castelotti de Munaron, e para fechar o "top ten" ficaram o Cooper-Maserati de Thiele e o Porsche de Hermann.

A corrida não foi mais do que um passeio para a Ferrari. Nas cinquenta voltas ao circuito, os Ferrari dominaram, com Hill sempre na frente, depois de no inicio Ginther ter-se apossado da liderança. Mais atrás, Mairesse teve de abrandar o seu carro devido a ordens de equipa, que queriam que ele "rebocasse" o carro de von Trips, que se tentava afastar dos Porsches. Quando isso aconteceu, Mairesse aumentou o ritmo e apanhou o Cooper-Castelotti de Cabianca, que era terceiro e ficou com o lugar mais baixo do pódio.

Assim, a ordem nos treinos foi respeitada e Phil Hill tornou-se no final da corrida no primeiro americano a vencer um Grande Prémio de Formula 1, e também no último piloto de um carro com motor à frente a vencer. Ginther foi segundo e Mairesse o terceiro, a uma volta do vencedor. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Cooper-Castelotti de Guido Cabianca, que conseguiria os unicos pontos na Formula 1, o Ferrari de Von trips e o Porsche de Hans Hermann.

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