Pete Lovely, um dos muitos americanos que correram na Formula 1 no final dos anos sessenta e inícios dos anos 70, morreu este domingo em Tacoma, Washington aos 85 anos de idade, vitima da Doença de Alzheimer. Correu apenas sete corridas entre 1959 e 1971, usando sempre chassis Lotus, um dos quais um modelo 49B que o fez inscrever pela sua equipa, que era nada mais, nada menos que a sua concessionária, Pete Lovely Volkswagen, onde transportava o seu carro de corridas, rebocado por uma Kombi.
A história de Pete Lovely está ligada ao circuito de Laguna Seca, pois foi ele que venceu a primeira corrida nesse circuito, em 1957, ao volante de um Ferrari Testarossa de 2 litros, batendo compatriotas seus que iriam fazer carreira na categoria máxima do automobilismo como Richie Ginther, Jim Hall e Carrol Shelby. Teve uma carreira enorme, primeiro nas provas da SCCA (Sports Car Club of America) e depois em provas um pouco por todos os Estados Unidos, como Sebring.
Foi no final dos anos 50 que conheceu e se apaixonou pela Lotus, usando pela primeira vez um dos seus modelos, um Eleven, em 1959, nas 12 Horas de Sebring. Algum tempo depois, tentou a sua sorte num modelo 18 no GP do Mónaco de 1959, mas não conseguiu qualificar-se. No ano seguinte tentou o mesmo com o Cooper, no GP dos Estados Unidos, em Riverside, onde terminou na 11ª posição.
Apenas voltaria à ação no final da década com um Lotus 49B, e os resultados foram um pouco melhores. Correndo nas três provas americanas de 1969, Lovely conseguiu como seu melhor resultado um sétimo lugar no GP do Canadá, o suficiente para tentar correr em algumas provas na Europa em 1970, onde esteve em quatro provas, mas só se qualificou para o GP britânico, acabando a onze voltas do vencedor.
Em 1971, com um "Lotus 69 Special", um carro de Formula 2 com motor Cosworth de 3 litros, Lovely participou nas corridas canadiana e americana, onde conseguiu qualificar-se nessas corridas, mas acabando na cauda do pelotão, não se conseguindo classificar-se. Ao todo, participou em onze corridas, do qual se classificou em sete. Depois de se retirar do automobilismo competitivo, em meados dos anos 70, correu em provas de clássicos até 2008, numa carreira que durou mais de cinquenta anos. Um dos representantes da era dourada do "club racing" americano, era respeitado e acarinhado pela comunidade. Ars lunga, vita brevis.
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