Cinco em cinco: Red Bull domina a qualificação. Mas desta vez o protagonista é diferente, pois o poleman nesta prova espanhola é Mark Webber, que conseguiu superar Sebastian Vettel por 200 centésimos de segundo, num monopólio da primeira fila por parte da equipa austriaca, deixando a concorrência muito atrás.
Antes da qualificação, houve alguma polémica quando a FIA decidiu que a nova asa traseira da Ferrari não estava de acordo com as suas especificações e decidiu bani-la, obrigando a Scuderia a usar a velha asa, que vinha da Turquia. A asa agora ilegal era mais elevada e contava com um buraco triangular a meio da mesma, para fins de medição, com a Ferrari a tirar partido de regulamentos pouco claros a esse respeito. Charlie Whitting não achou graça a isso e mesmo que nenhuma das equipas tivesse apresentado queixa sobre a mesma, ele decidiu proibir tal configuração.
Depois dessa polémica com a asa e dos terceiros treinos livres, passou-se para a tal qualificação. E ela começou com o incêndio no Renault de Nick Heidfeld que o deixou apeado e sem tempo para a Q2. E isso foi meio caminho andado para que acontecesse algo inédito nesta temporada: uma Lotus na Q2, graças a Heiki Kovalainen, que fica na 15ª posição na grelha, conseguindo bater os Force India de Adrian Sutil e Paul di Resta, bem como o Williams de Rubens Barrichello, que teve muitos problemas na caixa de velocidades e não conseguiu ter tempo para uma boa volta. Assim, o veterano brasileiro foi o 19º, atrás do segundo Lotus de Jarno Trulli.
Quando a sessão chegou á Q3, a emoção, que à partida já estava parcialmente diminuida por causa do dominio dos energéticos, viu Mark Webber e Sebastien Vettel a fazerem os "minimos olimpicos" para chegar à "pole-position" e a a minuto e meio do final da sessão, os dois pilotos da Red Bull saíam dos seus monolugares, alheando-se da luta pelas outras posições, pois já tinham feito o seu trabalho e tinha-se de conservar os pneus para uma corrida que se prevê de quatro paragens.
E nessas posições a seguir ficaram o McLaren de Lewis Hamilton, que conseguiu bater o Ferrari de Fernando Alonso por três milésimos de segundo (1.21,961 do britânico contra 1.21,964 do espanhol), ambos ficado na frente - mas não muito - do segundo McLaren de Jenson Button. O russo Vitaly Petrov foi o sexto, na frente de Nico Rosberg, no seu Mercedes, de Felipe Massa, no segundo Ferrari e do surpreendente venezuelano Pastor Maldonado, que conseguiu a melhor qualificação até agora da Williams. Já Michael Schumacher é décimo, mas não marcou qualquer tempo... porque quis. Perferiu poupar pneus para a corrida de amanhã.
E assim foi a qualificação. Amanhã, numa corrida a seco, veremos quem levará a melhor. Com este dominio, parece que os Red Bull vão a caminho da dobradinha. Isto é, se não acontecer qualquer problema mecânico ou de outra natureza durante a corrida de amanhã...
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