sexta-feira, 20 de julho de 2012

GP Memória - Grã-Bretanha 1957

Duas semanas após a Formula 1 ter feito a sua aparição em Rouen, acontecia o GP da Grã-Bretanha, que depois de ter passado por Silverstone no ano anterior, agora ia para a pista de Aintree, nos arredores de Liverpool, devido à alternância entre anos pares e anos ímpares acordada pelos organizadores britânicos, para dar mais chances dos pilotos experimentarem pistas diferentes e dos organizadores angariarem mais algumas libras das receitas de bilheteira e das publicidades. 

Ao todo, dezanove carros tinham inscritos para a prova britânica. A Vanwall estava de volta, após ter primado pela ausência na corrida anterior, em Rouen, e alinhava com Stirling Moss, Tony Brooks e Stuart Lewis-Evans. A Ferrari inscrevia Peter Collins, Mike Hawthorn, o italiano Luigi Musso e o francês Maurice Trintignant, enquanto que na Maserati estavam o argentino Juan Manuel Fangio, o seu compatriota Carlos Menditeguy, o francês Jean Behra e o americano Harry SchellAinda havia mais carros da marca, mas eram inscrições privadas do sueco Jo Bonnier e do britânico Horace Gould.

A BRM também regressava à competição, com dois carros para os britânicos Jack Fairman e Les Leston. Infelizmente, o americano Herbert McKay-Fraser, que tanto tinha impressionado na corrida anterior, em Rouen, tinha morrido num acidente cinco dias antes, em Reims. A Cooper colocava também dois carros, para o australiano Jack Brabham e o britânico Roy Salvadori. Havia um terceiro Cooper, de motor Bristol, para Bob Gerard.

Na qualificação, o melhor fora Stirling Moss, no seu Vanwall, seguido pelo Maserati de Jean Behra e pelo segundo Vanwall de Tony Brooks. Jusn Manuel Fangio era o quarto, seguido pelo Ferrari de Mike Hawthorn. O terceiro Vanwall de Stuart Lewis-Evans era o sexto, seguido pelo Maserati de Harry Schell. Peter Collins era o oitavo, e a fechar o "top ten" estavam os Ferrari de Maurice Trintignant e de Luigi Musso.


A corrida começa com Behra a ser melhor do que os carros britânicos, partindo na frente. Mas Moss reagiu e foi atrás do francês e o passou no final da primeira volta. O britânico depois começou a distanciar-se do resto do pelotão, tentando ver se vencia este Grande Prémio. Atrás, Behra tentava aguentar os Ferrari de Hawthorn e Collins, enquanto que Fangio parecia estar discreto no meio do pelotão. Aliás, a sua corrida terminaria na volta 49, quando o seu motor avariou-se.


As coisas pareciam não se alterar para Moss até que na volta 51, ele também teve problemas de motor e teve de ir às boxes. A sua corrida poderia ter terminado ali, se a Vanwall não decidisse chamar o carro de Brooks para que ele cedesse para Moss. Assim sendo, o britânico saltou para o carro, regressando à pista no nono posto, com Behra na frente.


Moss passou ao ataque tentando chegar o mais à frente possivel e esperando aque os outros tivessem problemas. Na volta 65, já avistava o carro de Lewis-Evans e partiu para o ataque, passando-o pouco tempo depois. E a sua ultrapassagem vinha em boa hora: na volta 69, a embraiagem de Behra explode e o francês é obrigado a desistir.


A partir dali, Moss gere a vantagem até à meta, enquanto que Lewis-Evans parecia ir a caminho do seu primeiro pódio. Mas na volta 82, tem problemas no seu acelerador e encosta o carro na berma, fazendo com que Luigi Musso herdasse o lugar. Na meta, algo raro: dois vencedores. Para Moss, era mais uma vitória, mas para Brooks, era a sua primeira, aos 25 anos de idade e na sua quarta corrida. Musso foi o segundo e Mike Hawthorn o terceiro, ambos nos seus Ferrari. A fechar os lugares pontuáveis ficaram o Ferrari de Maurice Trintignant - embora Peter Collins tenha guiado nas três voltas finais - e o Cooper de Roy Salvadori.    

1 comentário:

Alexandre Ribeiro disse...

Caro Speeder:

Belo resumo.
Adoro os cartazes vintage que acompanham sua série "GP Memória".

Grande abraço