Como sempre, as 500 Milhas de Indianápolis foram emocionantes, e o final foi imprevisível. Numa corrida onde pilotos como Ryan Hunter-Reay, James Hintchcliffe, Tony Kanaan e Hélio Castro Neves, o final foi um de nervos.
Contudo, os nervos nem foram tanto por causa de uma batida qualquer que uniu o pelotão e as ultrapassagens foram imensos nos metros finais. Foi mais um final de nervos em relação a saber quem teria gasolina suficiente para chegar ao fim. Com depósitos que não dão mais do que 35 voltas, e as últimas paragens a acontecer por volta da volta 155, muitos andaram no limite, especialmente nas cinco voltas finais.
Nessa altura, as coisas ficaram decididas por dois jovens pilotos: o colombiano Carlos Muñoz e o americano Alexander Rossi. Muñoz não aguentou e fez um "splash and dash" a três voltas do fim, ficando no segundo posto e esperando que Rossi não chegasse ao fim se escolhesse por ir até à meta. O piloto da California escolheu seguir até ao fim... e bastou. Mesmo a correr com vapores dentro do seu depósito, a distância para Muñoz era mais do que suficiente para se tornar no primeiro "rookie" em dezasseis anos a vencer as 500 Milhas. Ainda por cima, ganhou com o numero 98, o mesmo que Dan Wheldon tinha em 2011... e claro, Rossi ficou sem gasolina no caminho para o pódio, antes de receber a coroa de louros e beber o leite.
Aos 25 anos de idade, Alexander Rossi foi um americano foi decidiu ir para a Europa para tentar a sua sorte como piloto de Formula 1. Andou na GP2 - foi vice-campeão em 2015 - foi piloto de testes pela Caterham e Manor, e em 2015, correu em cinco Grandes Prémios por esta última equipa, no lugar de Roberto Merhi. E este ano, enquanto corre pela Andretti, também é piloto de reserva da equipa que tem este ano Rio Haryanto e Pascal Wehrlein. Se calhar, depois disto, deverá pensar que é melhor ficar-se pelas Américas do que correr na Europa...
Já Muñoz, na sua quarta participação, ele bateu de novo "na trave". Depois de ter sido o "rookie do ano" em 2013, ao ser segundo, e ser quarto, em 2014, teve este ano mais uma grande chance de alcançar o lugar mais alto do pódio, numa corrida bem calma e a aproveitar os deslizes dos outros. Chegou ao primeiro lugar na parte final da corrida, graças a uma estratégia inteligente, e este muito perto de suceder a Juan Pablo Montoya. Foi azar dele e sorte dos outros...
Mas foi assim as 500 Milhas de Indianápolis de 2016, num domingo cheio de automobilismo. No próximo ano, haverá mais, sem dúvida!
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