Largar da primeira posição da grelha de partida é um lugar essencial para conseguir um bom resultado, especialmente num lugar como o Mónaco. Em muitos aspectos, é o melhor lugar para fugir das confusões que a primeira curva muitas das vezes proporciona. Mas a pole-position de Daniel Ricciardo, esta tarde, é a primeira da sua carreira, que começou em julho de 2011, a bordo de um Hispania.
Outros quatro pilotos tiveram no Mónaco as suas primeiras pole-positions da sua carreira, e juntos, tem em conjunto... 17 campeonatos do mundo. Será um bom sinal para o sempre sorridente australiano da Red Bull? Vamos conhecer os outros quatro pilotos, e as circunstâncias das suas pole-positions, e como acabaram.
1 - Juan Manuel Fangio (1950)
O argentino Fangio já tinha quase 40 anos quando o mundial de formula 1 se tinha estreado de modo oficial, em Silverstone. A corrida do Mónaco era a segunda prova do ano, e a Alfa Romeo era a clara favorita, tendo eles um alinhamento de três excelentes pilotos: os italianos Giuseppe "Nino" Farina e Luigi Fagioli, e o argentino Fangio.
Fangio conseguiu superar os seus companheiros de equipa para ficar com a sua primeira "pole", e isso verificou-se essencial na corrida, pois ele foi capaz de evitar a confusão que houve na curva "Tabac", onde dez carros se despistaram na primeira volta devido à agitação das ondas naquele local, entre eles os carros dos seus companheiros de equipa, Farina e Fagioli.
2 - Jim Clark (1962)
Foi nas ruas do Principado que Jim Clark (1936-1968) conseguiu a primeira das suas 33 pole-positions que alcançou ao longo da sua carreira. Em 1962, a segunda corrida do ano foi no Mónaco, por na primeira, em Zandvoort, Graham Hill tinha levado a melhor, no seu BRM. Aqui, Clark conseguiu colocar o seu inovador Lotus 25 no primeiro lugar da grelha, mostrando a eficácia e a resistência do chassis desenvolvido por Colin Chapman.
Infelizmente, na corrida, Clark - que como sabem, nunca ganhou no Mónaco - não foi muito longe em termos de resultado. O duelo foi forte com Hill, mas acabou por desistir na volta 55 devido a um problema na embraiagem. Mas o vencedor não foi Hill, acabou por ser o neozelandês Bruce McLaren, a bordo de um Cooper.
3 - Jackie Stewart (1969)
As circunstâncias do GP monegasco em 1969 foram atribuladas. A Formula 1 tinha vindo de Montjuich, palco do GP de Espanha, onde ambas as Lotus tinham batido a alta velocidade devido às suas asas móveis se terem quebrado a alta velocidade, causando ferimentos em Jochen Rindt. A CSI (Comission Sportive International) esteve reunido nesse fim de semana monegasco e tomou a decisão radical de banir as asas após o treino de quinta-feira. Os carros fizeram a corrida sem elas, com Stewart na pole-position, com 0,4 segundos de vantagem sobre o Ferrari de Chris Amon.
Na corrida, contudo, o escocês não foi feliz: um problema no eixo transversal do seu Matra o obrigou a abandonar, dando à Lotus uma vitória para Graham Hill, que foi a sua quinta (e última) vitória nas ruas do Principado. Outro britânico, Piers Courage, conseguia aqui o seu primeiro pódio da sua carreira, a bordo de um Brabham inscrito pelo seu amigo Frank Williams.
Na corrida, contudo, o escocês não foi feliz: um problema no eixo transversal do seu Matra o obrigou a abandonar, dando à Lotus uma vitória para Graham Hill, que foi a sua quinta (e última) vitória nas ruas do Principado. Outro britânico, Piers Courage, conseguia aqui o seu primeiro pódio da sua carreira, a bordo de um Brabham inscrito pelo seu amigo Frank Williams.
Mas apesar do fracasso no Mónaco, Stewart acabaria por ser campeão do mundo no final desse ano.
4 - Michael Schumacher (1994)
Tal como tinha acontecido 25 anos antes, a Formula 1 chegava ao Mónaco em trauma. A corrida anterior, em Imola, foi uma catástrofe, com as mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, e para piorar as coisas, nos treinos de quinta-feira, Karl Wendlinger despistou-se fortemente na saída do túnel e bateu com a cabeça no muro de proteção, acabando por ficar em coma durante esse fim de semana. Corria-se o rumor de que em caso de morte do austríaco da Sauber, a corrida poderia muito bem ser cancelada.
Foi nessas circunstâncias que Michael Schumacher encarou a qualificação para a corrida monegasca. O piloto alemão tinha sido superado por Senna nas três primeiras qualificações do ano, mas sem o maior rival na sua frente, tinha o caminho livre para marcar a sua primeira pole-position da sua carreira, depois de dois anos e meio de Formula 1. Na corrida, Schumacher andou tranquilamente a´te à meta, alcançando aquilo que era então a sua quarta vitória consecutiva e dando um passo de gigante rumo ao seu primeiro título mundial.
Foi nessas circunstâncias que Michael Schumacher encarou a qualificação para a corrida monegasca. O piloto alemão tinha sido superado por Senna nas três primeiras qualificações do ano, mas sem o maior rival na sua frente, tinha o caminho livre para marcar a sua primeira pole-position da sua carreira, depois de dois anos e meio de Formula 1. Na corrida, Schumacher andou tranquilamente a´te à meta, alcançando aquilo que era então a sua quarta vitória consecutiva e dando um passo de gigante rumo ao seu primeiro título mundial.
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